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TV 2.0: Os Protagonistas Somos Nós

Sou do tempo em que a televisão só pegava 4 canais, isso quando a antena funcionava direito. Hoje não faço idéia de a quantos canais tenho acesso graças à TV a cabo e principalmente à internet, com uma enorme variedade de programas prontos para serem baixados, ou assistidos via streaming. A verdade é que não somos mais os mesmos telespectadores desde o advento da world wide web. A rede mundial abriu os segredos da velha caixa de fazer doidos, e nos permitiu participar mais ativamente dessa loucura. Já não somos mais escravos da programação das emissoras. Assistimos aos nossos programas favoritos na hora em que quisermos, onde quisermos, e da maneira que quisermos.

Veja o exemplo dos seriados norte-americanos. Vinte anos atrás, na carência de conteúdo brasileiro, as séries dos EUA dominavam a programação das TVs abertas. E ninguém se preocupava se Alf, o E.T. Teimoso ou Esquadrão Classe A eram exibidos por aqui com atraso em relação aos Estados Unidos, ou se os episódios eram exibidos na ordem cronológica correta. Ainda não havia internet ao nosso alcance para saber disso. Hoje, os fãs não têm mais paciência de esperar meses, ou até um ano inteiro, para assistir aos seus programas favoritos. A grande teia mundial uniu os telespectadores do mundo inteiro. Possibilitou eles a assistirem, no mesmo período de tempo, aos mais recentes episódios de seriados como Heroes e 24 Horas. E quem esperar pela exibição no Brasil, seja na TV fechada ou TV aberta, corre o risco de perder o fator surpresa das tramas, e conseqüentemente o interesse pelas séries. Sem contar o fato de que a internet tornou-se uma poderosa extensão do conteúdo exibido na TV, permitindo variadas discussões em fóruns especializados e até a criação de tramas paralelas que complementam a história dos seriados.

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E agora chega o Joost, prometendo revolucionar ainda mais a relação público-televisão. Desenvolvido pelos mesmos criadores do Skype, o Joost ainda está em versão beta, e é necessário um convite para utilizá-lo. Mas seu layout agradável, sua interface simples, e a variedade de canais e programas disponíveis já demonstram ser fortes atrativos, além da praticidade de assistir à TV a qualquer momento. Os gigantes da mídia estão de olhos bem abertos. Empresas como a Viacom e CBS já investiram cerca de 45 milhões de dólares no Joost, e Sony e Warner estão entre os grupos que fecharam acordos de conteúdo com a TV on-line.

No meio de tanta liberdade de escolha, onde entrariam as propagandas? É sabido que grande parte do público não tem muita paciência em esperar pelo próximo bloco, e geralmente acaba zapeando por outros canais durante os intervalos comerciais. E o merchandising embutido nos próprios programas muitas vezes soa invasivo e forçado. As novas tecnologias de transmissão parecem, a princípio, não abrir espaço para o formato tradicional de publicidade na TV. Como então vender para telespectadores com cada vez mais controle sobre aquilo que assistem?

Duas tendências presentes na internet podem responder a essa questão. Uma delas é o Compulsion, uma ferramenta que permite criar áreas clicáveis diretamente em vídeos. Exemplo: você está assistindo a um episódio de Lost através da web, e você se interessou por uma camiseta que o Charlie está usando numa determinada cena. Basta clicar na tal camiseta e você é direcionado ao site de uma loja onde poderá comprá-la. E essa tecnologia não presta apenas um grande serviço para a publicidade on-line, pois qualquer elemento do vídeo pode também levar o internauta a outros tipos de sites e informações. No site do Compulsion há diversos exemplos de como funciona esse sistema. Bem mais sutil do que empurrar para o público uma marca famosa que não faz sentido algum para o andamento do programa.

A outra tendência envolve uma certa inversão de papéis. Grandes marcas como Budweiser e Audi agora usam a mesma mídia que vende seus produtos para produzir programas de TV para seus consumidores, em canais criados pelas próprias empresas. A Bud.TV, da Budweiser, oferece diversos shows de comédia, esportes e entretenimento, que rendem bons assuntos numa mesa de bar. Já o Audi Channel transmite programas na linha de documentários e viagens, e promete em breve exibir produções de Hollywood onde os carros da montadora aparecem com destaque. Duas iniciativas que elevam o conceito de branding a um inovador patamar.

O muro de Berlim que estava na telinha da TV já não está mais de pé. O telespectador da geração 2.0 ultrapassou a fronteira sabendo o que quer. E quem está do outro lado dessa relação vai ter que aprender o caminho inverso dessa estrada da comunicação.

autor: Luís Guilherme Rodrigues
fonte: Midia Digital

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O que é TV 2.0?

E pra quem não tem idéia do que é TV 2.0, um mini documentário em vídeo muito interessante sobre o assunto.

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