Os que estão no poder pretendem nos fazer crer que habitamos o melhor dos mundos, que os nossos problemas são apenas uma questão de má-vontade nossa em não ver o quanto já melhoramos, o quanto eles, abnegadamente, já fizeram.
Os que aspiram ao poder se e’ntitulam “o novo”, como se o fato de serem novos na política fosse garantia de alguma coisa a não ser da falta de experiência. A sensação que fica, na maioria dos casos, é que só trocaríamos as moscas, mas a m….ficaria a mesma.
Ah, e tem as promessas, dezenas, centenas, milhares delas. Quem ainda se ilude com isso?
Penso que estaria na hora dos candidatos pensarem em estratégias novas de comunicação, começando por falarem e agirem honestamente. Mas ai, é pedir demais. Por exemplo, eu adoraria ouvir um candidato dizer: “Gente, a situação é a seguinte, não tem dinheiro para fazer tudo, resolver todos os problemas, por isso vou concentrar as prioridades do meu governo nas áreas da saúde, educação e segurança pública, o resto não esperem muita coisa. Vou resolver esses três problemas e por isso quero ser cobrado.” Pronto, não precisa mais. Não precisa prometer o céu na terra, basta prometer o factível, o essencial. E fazer. Imaginem só um presidente da República que resolvesse apenas esses três problemas. Seria o máximo.
Ainda não sei em quem vou votar, mas tenho certeza de que minhas dúvidas não serão tiradas nos programas do horário eleitoral obrigatório, pois como já sentenciava a sabedoria do velho Barão de Itararé: da onde a gente menos espera, daí mesmo que não vem nada!
Bom, pode ser que no mês que vem, quando a primavera chegar, eu esteja menos pessimista e consiga antever alguma esperança. Como diz resignado um amigo meu, cuja sogra tem esse nome: a Esperança é a última que morre!
autor: Julio Ribeiro
fonte: adonline
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