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Critérios, pra quê?

Uma segunda-feira qualquer na sala de estar da agência. Estou folheando uma revista, 15 minutos para cada página mais ou menos (é claro que exagerei eheh… não sei se todos demoram, mas geralmente diretores de arte olham tudo, desde a tipia usada no número da paginação atéos detalhes nos anúncios, pois é, sou um desses), sem falar que folheio a revista de trás para frente. Sei lá por que, também gostaria de saber.Aí, começam a aparecer anúncios maravilhosos e estonteantes. Direção de arte e título impecáveis. Idéia então nem se fala. Tudo perfeito. Mas quando vc vira página dá de cara com um daqueles anúncios gratuitos, sem critério, saca? Putz… eu fico olhando, olhando, e vou direto na assinatura, pra ver quem criou. Muitas vezes me decepciono. O critério não está presente na peça. As imagens e elementos não têm critério, não se relacionam dentro do espaço. Aliás tá aí outro detalhe que é bastante esquecido, em alguns casos que vejo na criação de uma peça por um diretor de arte: os espaços. São manipulados erroneamente, se colocando em meio a títulos e assinaturas, disformemente causando certa estranheza. A disformidade dos espaços e elementos da composição, formando todo o agrupamento que vai chamar a atenção dentro da peça, até podem estarem, digamos, jogados, variados, disformes como já citado. Mas precisa haver critério também. Tem que haver lógica.

Vejo muitos espaços em lugares desnecessários aonde poderia estar tranquilamente o título se relacionando com a imagem e vice-versa, dando função estética para a peça. Deixando ela bonita, atraente para quem vê. Administrar ou dirigir espaços em uma peça, muitas vezes não é tarefa fácil. Nos encontramos por diversas ocasiões em uma sinuca de bico, aonde vc não sabe direito o que fazer com o rio esquisito que ficou no meio daquelas imagens e textos. Mas aí, analisando bem os elementos que têm em mãos, dá pra chegar em uma conclusão plausível. Para todo anúncio ou a peça sempre haverá uma solução bem sucedida, basta apenas que saibamos administrar os elementos da composição e não ignorar nunca os espaços e suas limitações. É mais ou menos o caso do outdoor, aonde o cliente leigo logo pensa e conclui genialmente que: se tem 32 folhas vamos preencher todas com texto! Eba! Sabemos, é claro, que não é assim.

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E em todo esse conjunto de análises é que o critério vai se estabelecer dentro da peça. A escolha das cores, por exemplo. Critério em quando usar uma cor que não grite mais do que a que está ao lado, representando um elemento importante naquele anúncio. O diretor de arte deve dar a importância dosada à cada elemento. Cada qual tem seu tamanho e tempo de leitura/visibilidade na peça, por isso não precisamos forçá-los pra mais ou pra menos, vai desiquilibrar.

Uma outra dica para quem está começando (eu também me considero no começo, quero continuar sempre aprendendo) é, depois de concluído o anúncio, você desligar tudo e sair. Não ficar achando que acabou de criar o anúncio mais maravilhoso do mundo. Não, é um erro, limita você a pensar. Desligue tudo e volte depois, ou amanhã. Vá pra casa, descanse, esqueça o anúncio. Vá brincar com o gato e com cachorro, com o papagaio, vá viver seu lazer. Você vai notar que ao voltar a ver aquela sua peça no dia seguinte, achará errinhos tão banais que não vai acreditar como passaram por seus olhos. Normal. Quando nos fechamos para uma peça, compramos a briga, acreditamos demais nela, não é legal. Se fechar demais naquela composição gráfica é um passo para a limitação e o fracasso, e você estará fadado a criar sempre as mesmas coisas. Sim, pois acaba estabelecendo um limite próprio que cairá na rotina, é fato. É nessas horas que o diretor de arte precisa estar atento pra não cair nessa rede, senão tudo que ele criar a partir de um determinado momento será sempre parecido, eu vejo isso como negativo. Acho que a direção de arte é muito mais explorar ao máximo para se criar sempre algo diferente, abusar mesmo da massa cinzenta, pra sair coisa boa.Direção de arte possui também seus estilos, mas dentro deles pode haver uma diferenciação criativa, sem perder a identidade estabelecida dentro desse estilo.

Creio que se o diretor de arte usar sempre de muito critério para criar seu trabalho, expremer bem, parar pra pensar, examinar a peça de lado a lado, fazer a auto-crítica, teimar consigo mesmo, corrigir os alinhamentos e fazer ter relação entre eles, o resultado final será a direção de arte ideal, pode ter certeza disso. Usar elementos e imagens por usar ou porque vai enfeitar o layout não tá com nada galera!

autor: Adilson Quadros
fonte: trampolin

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