A onipresença das mídias digitais no cotidiano político é um fato irrevogável, e desde a campanha de Obama à presidência em 2008. A cooperação social dentro do cenário digital mostrou-se uma importante ferramenta para angariar cidadãos há muito indispostos com o pragmático estilo político dos anos 90.
Atualmente as campanhas à presidência americana e francesa chamam atenção pelo direcionamento e nas ações de guerrilha utilizadas nos certames. Na França o candidato, Hollande parece manter uma postura defensiva na utilização das redes sociais. No entanto o atual presidente Sarkozy as utiliza com primazia, convocando os franceses a participar ativamente da campanha “La France FORTE”.
Nas prévias para a presidência nos EUA, os candidatos americanos mostram-se intimamente interados com as mídias sociais. Pelo viés republicano, Mitt Romney se destaca na disputa com utilização massiva de imagens ao estilo de vida americano, com fotos em Fast-Foods e em encontros familiares, algumas retratadas no app Instagram, a temática é uma constante na campanha conservadora.
Na outra ponta, está o pioneiro no uso da internet como meio de aproximação ao público. Barack Obama, além da conquista da América em 2008, com sua simpatia e desenvoltura digital. Agora desponta na campanha utilizando redes sociais que abrangem linguagens acessíveis a todos os públicos. Ação esta presente também nas outras campanhas, mas o diferencial mantém-se no pioneirismo de Obama.
Com o seguir das campanhas é notória a opção de trabalho de cada candidato, tanto na França como nos EUA. “A grande diferença, em termos técnicos, das campanhas eleitorais americanas e francesas é a qualidade e amplitude da presença digital dos candidatos. Eles estão presentes nas mais diversas redes, com conteúdo exclusivo e bem direcionado, gerando engajamento e discussões aprofundadas sobre os temas propostos.” destaca o coordenador de Marketing Digital da Agência Hive, Anthony Johann.
Outro ponto a ser analisado nestas campanhas é a qualidade gráfica, para o diretor de arte da Agência Hive, Pablo Prudêncio “uma análise semiótica mostra que o teor vintage observado nas campanhas leva o eleitor a lembrar de tempos áureos da economia americana e/ou europeia, aliada simplicidade daquela época”.
A agilidade da web social mostra que o candidato presente e preparado digitalmente consegue construir com mais facilidade sua “marca” pessoal, pois durante a campanha sua presença nas redes é considerada normal. E, além disso, é importante destacar que o diálogo dentro das redes sociais, faz com que o eleitor sinta-se ouvido e próximo ao candidato.
autor: Ivanir França
fonte: Acontecendo Aqui