Fazendo uma breve retrospectiva a internet surgiu comercialmente nos anos oitenta, houve grande interesse que antecedeu a bolha nos anos noventa e logo após, em torno do ano 2000, as empresas passaram a olhar para a web com muita desconfiança, pois algumas chegaram a perder grande investimento nesse período. Porém hoje, o que se percebe é um crescimento muito consistente, devido à democratização do acesso, viabilizado principalmente pelo crédito à baixa renda, pela disseminação das Lan Houses e pela expansão dos serviços de banda larga.
(artigo para Revista Mundocoop)
Além disso, essa democratização também passou a fazer parte da forma como se produzem os conteúdos que, unida a ferramentas de grande poder de disseminação como o Twitter, por exemplo, e os celulares – tem provocado um movimento muito interessante: a percepção de que não se pode mais ficar alienado desse novo mundo, pois aqueles que ainda não utilizam essas ferramentas parecem realmente incomodados, buscando se atualizar de forma quase urgente.
O Twitter, mais do que outras ferramentas, acelerou esse senso de urgência. Embora ele exista há alguns anos e tenha sido concebido com outro propósito, foi ao longo do ano passado que teve seu uso intensificado pelos brasileiros e passou a ser utilizado também pelo mundo corporativo, do mesmo modo como tem ocorrido com outras redes sociais.
Por que essa modalidade de relacionamento digital hoje impacta até mesmo a vida de quem a nem aderiu a ela? Pois está totalmente associada a atividades que ocorrem à nossa volta. Um exemplo disso é o uso no mundo político, como veremos se intensificar ao longo dos próximos meses.
O Twitter é mais dinâmico e pode ser considerado um medidor de tendências, e seu uso, juntamente com outras redes sociais, tem sido focado para gerar maior aproximação das empresas com seus clientes, para acompanhar o mercado e a concorrência, para identificar novos produtos ou negócios e para divulgação, nessa ordem.
No mundo empresarial, muitas companhias já fazem um acompanhamento de suas marcas nas redes sociais, por volta de 50%, segundo pesquisa da Associação Comercial de SP. Isso quer dizer que as empresas, mesmo sem saber ao certo atuar nesse novo cenário já demonstram preocupação com sua reputação.
Há outros exemplos, de empresas como a Dell, que estão utilizando para vender produtos e solucionar problemas dos seus clientes, ou a fabricante de eletrônicos LG, que utiliza para fazer promoções instantâneas e a IBM, para facilitar a comunicação entre seus cientistas mundo afora. No Brasil, o grupo B2W, responsável pelo Submarino e Americanas.com, cadastrou seus seguidores que optaram por receber promoções via Twitter.
Além disso, há empresas que tem se perpetuado na internet por estarem sempre inovando, como é o caso da Amazon, que utiliza a chamada “web semântica” para vender cada vez mais produtos. Essa nova definição da web é o uso inteligente do cruzamento de informações para levar ofertas de forma segmentada a cada tipo de consumidor, gerando, obviamente, resultados muito mais efetivos.
autora: Sandra Turchi
fonte: http://www.sandraturchi.com.br