Não é de hoje que empresas e profissionais procuram um diferencial competitivo, tentando se destacar no mercado de acordo com seu produto, com seu ambiente e com sua época. Enquanto a cultura de consumo se formava e industrialização tomava o mundo, o diferencial era resumido a um só, o preço. O mais barato ganhava o cliente. Foi assim durante muito tempo, muito mesmo.
Com a expansão do modelo capitalista, o consumidor foi modificando a indústria e sendo modificado por ela, criando perfis de público e exigências maiores, as formatadoras da competitividade. Qualidade e atendimento entraram na lista básica de exigências do consumidor, além de serem não-excludentes, ou seja, uma coisa não compensa a outra, mas acrescenta valor ao produto – o famoso valor agregado.
É quase certo que o consumidor atual prefere um produto que tenha garantia por mais tempo que o concorrente e custe o mesmo preço, porque a qualidade ele já comparou lá atrás e sabe que são ambos muito bons. Esse valor agregado decide quem ganha o comprador e quem perde mercado.
Hoje, início do 3º milênio, a sociedade de consumo no seu auge histórico, com a revalorização das profissões humanas e da criatividade como fator de diferenciação, acabamos por ter três tipos de esteriótipos de consumidores, formados por diferentes gerações e faixas de renda: aqueles que preferem o mais barato, aqueles que preferem a qualidade e aqueles que não abrem mão de um tratamento adequado.
Novamente, isso não siginifica que aquele que compra o mais barato aceita ser mal atendido ou aquele que compra o de maior qualidade aceite pagar valores absurdos. São fatores não-excludentes.
Muito além de ser uma forma simplista de tratar o consumidor – que é a razão primordial de existência toda a cadeia produtiva – conhecer esses três tipos de público é uma forma de se preparar para próxima onda, acredite ou não: o novo diferencial é o design.
Uma embalagem para cada tipo de público, uma marca para cada um deles, um preço diferente. E muitas vezes, a mesma empresa fabricando esses três produtos. Lá no início do processo, entre vários outros profissionais, designers e publicitários desenvolvendo esses produtos. Um bom exemplo: visite o site da Gessy Lever no Brasil e veja quantos sabonetes e pastas de dente a empresa produz.
Não se trata de corporativismo ou de propagandear “a profissão do futuro”, como já li num anúncio de um concurso vestibular recente, mas sim de prever como o mercado pode se comportar e se preparar para trabalhar muito.
Aos livros, é hora de estudar!
autor: Rafael Wally .::. put@grito.com.br
fonte: www.grito.com.br