Para facilitar a sua vida na hora de escolher determinadas cores para a elaboração de um projeto gráfico, foram criados inúmeros sistemas cromáticos, com as principais características que distinguem as cores entre si. Apresentados em forma de círculos e diagramas, esse material pode ser encontrado na versão impressa ou digital. Atualmente a maioria dos softwares de criação já disponibiliza esse tipo de recurso, e também possuem ferramentas que auxiliam na hora de elaborar um estudo de cores.
Para compreender um círculo cromático, primeiramente você deve entender o conceito de cor primária. Basicamente, as cores primárias recebem esse nome pela sua capacidade de formar outras cores a partir de sua combinação com outra cor primária. Provavelmente quando você estava cursando as séries iniciais, deve ter feito o exercício de combinar as cores com tinta guache, como por exemplo, misturar o azul e o amarelo para formar o verde. Quando você visualizar a combinação de cores primárias através de equipamentos para projeções ou monitores de computador, as cores utilizadas nesses equipamentos são vermelho, verde e azul. Esse processo emprega cores aditivas da luz e é chamado de RGB (do inglês Red, Blue and Green). Nas combinações chamadas de subtrativas é utilizada uma mistura de pigmentos para a obtenção de novas cores, nesse caso, as cores primárias empregadas são o ciano, o magenta, e o amarelo, o CMYK. Assim, na prática existem duas maneiras de se criar uma cor, através do sistema de cores aditivas, o RGB, ou através do sistema de cores subtrativas, o CMYK.
Em um círculo cromático é possível localizar as cores primárias, as cores análogas (posicionadas uma ao lado da outra), cores complementares (de lados opostos do círculo), cores frias, quentes e assim por diante.
Quando a luz branca é decomposta você pode perceber uma infinidade de cores, um exemplo bem claro disso, é o arco-íris. Nesse fenômeno, a luz branca do sol é separada quando encontra as gotas de chuva na atmosfera terrestre. Seguindo o mesmo princípio, é possível formar a luz branca ao somar as cores primárias aditivas, ou seja, o vermelho, o azul e o verde. É dessa maneira que você consegue perceber as cores no seu aparelho de televisão, no monitor de seu notebook, na tela de seu celular e no “telão” do cinema. Já no sistema de cores subtrativas a soma das cores primárias, ciano, magenta e amarelo, formam o preto. A utilização desse sistema é muito comum nas artes gráficas, em materiais impressos como folhetos, cartazes, brochuras e etc. No entanto, ao longo do desenvolvimento do processo de impressão, mais conhecido como offset, notou-se que a qualidade do preto elaborado pela combinação de cores primárias, não era satisfatória, com isso, surgiu a necessidade de se adicionar a cor preta como forma de reforçar esse matiz.
Em um projeto de criação de marca, a escolha pelo sistema de cores irá depender da maneira como o logotipo e a identidade visual deverão ser visualizados pelo público. Em linhas gerais, ao elaborar um anúncio para ser vinculado na televisão, ou desenvolver um banner para a divulgação na Web, o sistema de cores será o RGB. Todavia, se o cliente necessitar que seu logo seja aplicado em um cartão de visitas, em um papel timbrado ou que apareça em um anúncio impresso para rápida circulação, o sistema de cores será o CMYK.
Atualmente qualquer software para a criação de imagens vetoriais ou raster possui a possibilidade do usuário escolher qual o sistema de cores mais adequado para o seu projeto, e isto é claro dependerá das necessidades e objetivos dos clientes.
fonte: Croove