Eles têm milhões de seguidores no Instagram, Twitter e Facebook. Muitos desses, fãs ávidos por inspiração. Assim — na cola da rainha do marketing pessoal, Kim Kardashian — famosos aprenderam que não precisam estar no ar para ganhar dinheiro.
A alternativa é postar fotos bacanas com frequência e entender o que faz sucesso entre seus fãs. Isso garante números gordos de seguidores e, consequentemente, a procura de marcas por publiposts, ou posts pagos.
“A popularização das redes sociais possibilita que você consulte seus amigos sobre suas experiências pessoais com um produto ou ver como a marca se relaciona com seus consumidores. Considerando essa tendência, a utilização de formadores de opinião no conjunto de comunicação é fundamental para qualquer campanha online hoje em dia”, diz Rafael Urgh, coordenador de conteúdo e relacionamento da Urgh.us, agência de marketing de conteúdo e relacionamento que atende Leandra Leal, Deborah Secco, Regina Casé, Clara Averbuck, Gominho e Luane Dias.
Para as marcas, o negócio é excelente: publiposts no Instagram ou tuítes patrocinados combinam baixo custo e a possibilidade de anunciar para um público segmentado. Pense em quanto dinheiro e produção são envolvidos na hora de lançar um comercial para TV ou anúncio para jornal.
” E aí imagine que um tuíte ou post no Instagram pode dar resultado em poucos minutos: basta que o famoso tenha informações sobre o produto em questão, ou receba em casa o item para tirar uma foto. Em minutos, a propaganda está no ar.
Os números que os artistas conseguem construir em suas ‘fanbases’ são extraordinários para a publicidade. Então, para a comunicação da marca, é muito valioso atingir aquele número com uma inserção única e ainda associada a opinião. É como matar muitos coelhos em uma única cajadada”, afirma.
Se a marca deseja falar com adolescentes, pode investir em um post no blog da atriz Sophia Abrahão – o preço pode chegar perto do valor de um carro popular. Ou, se preferir falar com um público mais maduro, pode comprar um pacote de tuitadas de Marcelo Tas, considerado um dos pioneiros no Brasil nos tuítes patrocinados.
Em 2009, ele fechou um pacote com uma companhia telefônica para escrever alguns tuítes elogiosos em seu perfil. A empreitada chegou a virar pauta do Wall Street Journal.
Para Gracyanne Barbosa, modelo adepta das publicidades no Instagram, principalmente segmentada para o universo fitness, trata-se de uma maneira nova de anunciar, mas outros meios não devem ser descartados.
“A postagem não substitui a presença vip, por exemplo, que é o contato direto com o cliente e até com os consumidores que vão até a loja”, afirma. “E é importante encarar como um trabalho e se dedicar da mesma forma que outros para dar certo”, diz.
Propagandas nem sempre irritam seguidores
Segundo Rafael Urgh, para se dar bem com os publiposts, é importante seguir o exemplo de Gracyanne e pensar em anúncios que tenham a ver com o artista em questão.
“Não dá para fazer propaganda de bala de goma no Instagram de uma atriz que odeia bala de goma. Da mesma forma que não interessa falar sobre produtos que não tenham força junto aos fãs. Fazer isso poderia criar uma grave crise de imagem. É uma questão de bom senso trabalhar ou não com determinada publicidade.”
Alguns artistas já entraram de cabeça nesse tipo de publicidade e faturam alto. É o caso de Fernanda Souza, que insere diversos publiposts, jabás (presentes que recebe de marcas e assessorias de imprensa) e até permutas ( que são trocas: a atriz faz um tratamento estético sem custo e em troca posta fotos do procedimento e contatos da clínica) em suas contas várias vezes por dia.
No dia 6 de abril, por exemplo, a atriz fez duas postagens no Instagram sobre a marca de roupas infantil de um amigo e mais uma sobre uma marca de comidas light.
“Há casos em que a personalidade é tão querida pela ‘fanbase’ que a publicidade é aplaudida na frequência que vier. Há casos em que temos de ter um pouco mais de parcimônia. É importante intercalar a publicidade com conteúdo de qualidade e relevante para que ela siga sendo parte do conteúdo e não um ‘intervalo comercial’. Ter bom gosto e criatividade permitem uma frequência maior na produção publicitária dentro do conteúdo”, explica Rafael.
Os valores pagos pelas postagens variam de acordo com os números que uma personalidade tem em suas redes sociais e com o produto ou marca.
Débora Lyra, ex-miss Brasil e participante do reality show “A Fazenda” confirma: “Quando era miss, já fazia esse tipo de publicidade, mas tinha menos seguidores. Com a ‘Fazenda’, a visibilidade aumentou e os fãs também, aí dá para fazer mais anúncios e ganhar uma boa grana”, diz ela.
Veja quanto pode custar uma propaganda nas redes sociais de famosos
Fernanda Paes Leme
R$ 8.000
Kim Kardashian
US$ 10.000
Bruno Gagliasso
R$ 11.000
Jared Leto
US$ 13.000
Lindsay Lohan
US$ 3.500
Sabrina Sato
R$ 15.000
Charlie Sheen
US$ 9.500
autor: Letícia Santos
fonte: Celebridades – UOL
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