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Páginas publicitárias, por mais lindas e criativas que sejam, não fazem o leitor comprar uma publicação

É através do financiamento pelo mercado publicitário que se torna possível criar e manter publicações de bom nível

Existe, no entanto, uma distorção importante entre as duas páginas da mesma publicação.

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Os responsáveis por irrigar o mercado editorial com recursos comportam-se em boa parte das vezes como mecenas. Não levam em conta que sem a qualidade jornalística apresentada pelas publicações de nada adianta fazer publicar a publicidade.

É a qualidade jornalística que atrai leitores (que também são consumidores).

Páginas publicitárias, por mais lindas e criativas que sejam, não fazem o leitor comprar uma publicação.

As agências de publicidade movimentam recursos anuais da ordem de US$ 5 bilhões e tem poder de vida ou morte sobre qualquer publicação.

Pode-se argumentar que existe competição entre elas.

No entanto, são muito poucas as que realmente decidem no mercado, não mais do que 20 no Brasil.

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E estas controlam mais de 80% da verba publicitária.

Não existem critérios estabelecidos sobre as etapas e metas que devem ser cumpridas por uma nova mídia para entrar no mercado e disputar verbas publicitárias.

Gente famosa já deu com os burros n’água ao tentar entrar no mercado editorial ou ao lançar novas publicações.

O único critério aceito como pré-requisito para a entrada no mercado de periódicos é ter capital para manter a publicação circulando deficitária por pelo menos um ano.

Ora, este é o critério mais perverso que poderia existir.

A análise feita pelos profissionais de mídia não levam em conta conteúdo, aceitação pelo público ou qualquer outro ponto mais objetivo, mas sim a capacidade de manter a periodicidade.

Se há conteúdo de qualidade e uma boa aceitação pelo público, a irrigação de verbas pelo mercado publicitário poderia manter centenas de boas publicações que acabam por morrer antes do primeiro ano de vida.

Existe também o argumento de que essas publicações são desconhecidas das agências de publicidade.

Em muitos casos isso é verdade e culpa dos editores, em outros, os assistentes de mídia das agências, não estando treinados para uma avaliação mais profunda do que está sendo apresentado pelos representantes das publicações, preferem não arriscar a levar broncas de seus superiores, pessoas muito ocupadas e que não podem perder tempo com bobagens ou novas publicações.

É um círculo vicioso.

As novas publicações precisam de verbas publicitárias para sobreviver e as verbas somente são aplicadas em publicações que estão consolidadas em seus mercados.

Partindo-se do pressuposto de que agências de publicidade não são instituições de caridade e que os anunciantes desejam resultados, pode-se pensar em alguns caminhos alternativos.

Um deles leva ao raciocínio de que os anunciantes também serão beneficiados com o aumento das publicações em circulação.

Haverá maior competição e conseqüente redução de custos na centimetragem dos anúncios.

Para ampliar o volume de publicações com qualidade, as agências de publicidade poderiam melhorar sua capacidade de avaliação das novas mídias que lhe são apresentadas e destinar uma pequena parte das verbas que detém para o fomento daquelas que cumprirem metas rigidamente estabelecidas.

Essa transparência na relação com o mercado possibilitaria o nascimento e o crescimento de diversas publicações que atualmente não teriam a menor chance no mercado editorial.

Diversos setores da economia investem em incubadoras de empresas, seja na área de tecnologia, serviços, etc.

O mercado publicitário seria o maior beneficiado ao financiar o surgimento de publicações que consigam com qualidade editorial romper monopólios informativos.

As faculdades estão despejando milhares de novos profissionais no mercado e eles precisam ter onde exercitar seu talento.

O bom jornalista depende do bom publicitário.

autor: Adalberto Wodianer Marcondes
fonte: Acontecendo Aqui

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Uma resposta

  1. CONTINUA APÓS PUBLICIDADE
  2. Com certeza, essa é uma questão que tem que ser revista, temos muito “lixo” no mercado, precisamos de algo com qualidade.

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