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O que é meu é seu? Consumo colaborativo veio pra ficar?

Por que comprar algo se você pode alugar, pegar emprestado ou trocar com outra pessoa? O consumo colaborativo, já muito utilizado nos Estados Unidos, começa a criar raízes no Brasil.

Mas esta tendência americana ainda não pegou de vez aqui. Será que estamos atrasados para este tipo de inovação ou ainda falta essa cultura do reuso?

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A maioria dos cases relacionados a consumo colaborativo é de fora do País. Para a consultora em Inovação e professora da ESPM/FIA, Martha Terenzzo, a crise financeira americana foi crucial para acelerar esta tendência de compartilhar, trocar, alugar ou vender produtos usados.

É necessário amadurecermos esta tendência em busca dos possíveis ganhos. Um dos modelos de negócios neste sentido no Brasil, de acordo com Martha, é o INIO – I need, I offer.

É o primeiro site de trocas e consumo colaborativo para Facebook no país. A proposta contempla o consumo consciente de serviços.

O cliente que precisa de uma prestação de serviços, mas não dispõe de recursos financeiros, pode apresentar a sua necessidade e o que tem a oferecer em troca.

A ideia do INIO é abrir mão daquilo que não é mais necessário para as pessoas, mesmo que temporariamente, em troca de bens ou serviços fundamentais em certo momento.

Na América Latina, segundo lembra Martha, a primeira empresa de carsharing é a Zazcar. As pessoas, inclusive no Brasil, podem fazer um cadastro e escolher um dos planos mensais. Recebem um cartão de acesso e fazem a reserva do carro por telefone ou internet. Depois, é só se dirigir a um dos pontos de estacionamento 24 horas (chamados PODs), destravar o veículo com o cartão e utilizá-lo. No retorno, estacionar no POD mais próximo deixando a chave no porta-luvas.

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Outro site criado para o consumo colaborativo no Brasil é o DescolaAí.com. A proposta online facilita o aluguel e troca de produtos e serviços, entre amigos, familiares e comunidades.

Qualquer pessoa pode colocar à disposição, sem custo algum, seus produtos que serão alugados ou trocados por quem precisa deles. O marketing do portal garante que é uma forma de ganhar dinheiro e ainda ajudar o planeta evitando que outros produtos sejam criados com extração de novos recursos naturais.

Por outro lado, para alguns profissionais, o Brasil não está atrasado, mas, na verdade, não tem a cultura deste modelo de negócio. Para João Ciaco, diretor de Marketing da Fiat, o brasileiro ainda não tem o costume de consumir junto, principalmente em se tratando de dividir ou alugar um carro – bem tão almejado pelo consumidor.

No entanto, Ciaco acredita na importância de começar a desenhar este novo conceito de inovação, já praticado fora do país. Prova disso são as dezenas de sites mencionados pelo professor e especialista Gil Giardelli no blog do portal HSM.

Para quem deseja conhecer mais sobre o tema, uma boa dica é o livro ‘O que é Meu é Seu’ (What´s Mine is Yours: The rise of Collaborative Consumption’. A inovadora social e co-autora desta obra, Rachel Botsman, garante que esta tendência vai crescer ainda mais quando as crianças que nasceram na era das redes sociais se tornarem consumidoras.

E qual a sua visão sobre o consumo colaborativo? A tendência veio para ficar?

fonte: http://www.hsm.com.br

Para Completar

Como o consumo colaborativo está transformando os negócios

Um movimento está ganhando forma e força para transformar os negócios e o modo como consumimos e vivemos. O consumo colaborativo que víamos em coisas usuais como compartilhamento, escambo, empréstimo, troca e aluguel entre pessoas, está sendo turbinado e disseminado pelas redes sociais, dispositivos móveis e geolocalização, tecnologias que permitem qualquer pessoa encontrar locais, produtos e serviços disponíveis e compartilháveis ao redor do mundo. De uma rede de empréstimos de roupas, por compartilhamento de automóveis e até de aluguel de uma cama vaga em um apartamento, a filosofia do consumo colaborativo é capaz de nos ajudar a economizar dinheiro e passar de consumidores passivos a colaboradores ativos.

Esse movimento sinaliza o surgimento de uma nova economia, baseada em informação, criatividade, transparência e colaboração.O vídeo abaixo, da Collaborative Consumption, conta a história do consumo colaborativo e explora dados bem interessantes sobre o comportamento do consumidor e as mudanças que teremos no mundo:

Exemplos de serviços de consumo colaborativo

Produtos e serviços: benefício de usar um produto sem a necessidade de possui-lo imediatamente. Interrompe indústrias tradicionais baseados em modelos da propriedade privada individual.

Automóvel: ZipcarStreetcar, GoGetWhipcarRelayRidesSprideDrivemycar Rentals,Getaround
Bicicleta: VelibBixiBarclays Cycle HireSmartbike
Carona coletiva: ZimrideNurideLiftshareGoLoco
Aluguel de brinquedos: Dim DomBabyPlaysRent-a-toy
Moda: Bag Borrow & StealFashionhireFromBagsToRiches
Filmes: NetflixLend A RoundRenttherunway

Redistribuição de produtos: redistribuir bens usados ou novos que já não são mais necessários

Grandes mercados: craigslisteBay, Flippid, Gumtree
Trocas gratuitas: Freecycle, Kashless, Around Again
Sites para trocar livros: BookHopperThebookswapPaperbackswapBookmooch
Site para trocar brinquedos e produtos para bebês: ToyswapthredUp, Swapitbaby,Swapkidsclothes
Troca de roupas: SwapstyleClothing Exchange99 DressesBig Wardrobe
Sites para trocar DVDs, jogos e livros: SwapSwapSimpleDig N’Swap

Estilo de vida colaborativo: não é apenas bens físicos que podem ser compartilhados. Pessoas com interesses semelhantes estão se unindo para partilhar e trocar ativos menos tangíveis, tais como tempo, espaço, habilidades e dinheiro.

Coworking: Citizen SpaceHub CultureThe Hub
Moedas sociais: VenQuidTimeBanksLETSystemsSPICE Timebank
Viajantes e mochileiros: CouchSurfingAirbnbRoomoramaCrashpadder
Dividir táxi: Taxi2TaxiDeck
Troca de aprendizado: Brooklyn Skill ShareTeachStreet, TradeSchool
Vagas: ParkAtMyHouse

O Infográfico Casa Colaborativa, analisa nossas casas em torno dos bens – espaços, coisas, tempo e habilidades – que podem ser compartilhados, alugados e trocados através de serviços de consumo colaborativo como os listados acima, e o que isso significa para as nossas contas bancárias. Confira o infográfico aqui.

autor: Gil Giardelli
fonte: http://www.hsm.com.br

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