Imagine: você está disposto, de bem com a vida, sentadão na sua mesa, e chega um novo Job, uma nova criação. Você olha com cuidado, se aproxima e, quando menos espera, você já está intimo dele, já sabe tudo sobre o cliente. Você acha o briefing super legal, instigante, e pensa: “hoje, eu vou me dar bem!”. Tudo bem, o cliente não é a Nike, não é a Coca-cola, mas dá pra pegar.
Aí você começa as preliminares, conversa, viaja, anota, apaga, acaricia, e espera ansiosamente uma idéia genial chegar e arrebatar de vez o seu coração. Uma idéia linda, conceitual, gostosa, inteligente, daquelas que você faz questão de dizer para os seus amigos.
Mas a idéia está rondando a sua cabeça e, quando parece que está chegando, sua mente se esvai, e ela foge. Você está naquele pensamento ritmado, está excitado, mas ela não vem. Você insiste, faz força, mais força, fica exausto. Ela não vem. Você tenta começar mais uma vez, insiste, a esperança ressurge, mas ela não vem, e você desiste de vez. Ela não vem mesmo.
O que aconteceu? Você brochou! Pela primeira vez, no glamouroso mundo da Publicidade, você brochou. E logo com esse Job, que era a menina dos olhos de todos os criativos da agência, inclusive do Diretor de Criação. Logo com esse Job, que abriria muitas portas pra você, que poderia lhe render um prêmio, que ia fazer parte da sua lista, do seu portfolio. Mas não fica assim não, acontece com os melhores criativos, até com aqueles que têm um desempenho de dar inveja.
Normal, faz parte da profissão. Aliás, assim que chegar outro Job bonitinho, você esquece esse, eu tenho certeza. E vamos em frente, que a fila anda.
materia de: Mateus Barbosa
Redator da Artecetera Comunicação Integrada – AL
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