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Internet não fez a diferença nesta eleição sem graça

Os meses que antecederam a eleição foram marcados por prognósticos otimistas em relação a participação da web no pleito. A poucos dias da votação, a promessa ficou no papel.

O rigor na lei eleitoral após a série de escândalos que varreu o país nos últimos meses fez com que alguns marqueteiros e analistas políticos vislumbrassem na internet um campo fértil para se chegar ao eleitor. Apenas vislumbraram, ao que parece.

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Estamos a poucos dias de eleger um novo presidente, governador, senador e novas bancadas estaduais e federais e o que se vê na web é um marasmo quebrado apenas por spams inconvenientes (redundante, né?) e vídeos no You Tube tirando sarro dos políticos mais estranhos, por assim dizer, de nosso cenário político.

O movimento mais marcante, por enquanto, é a briga blogs x Sarney que anda mexendo com os brios do ex-presidente lá pelo Norte do país. Fora isso, quase todos os candidatos, com raríssimas exceções, ignoram a internet e vêem apenas a TV como tábua de salvação para a conquista do voto.

Apesar de poderosa, a internet não faz milagres. Não é de um dia para o outro que um político vai fazer diferença na web. É preciso cativar o leitor/eleitor e esse é um trabalho a ser construído ao longo de anos, que não combina com o imediatismo que anda ao lado do desconhecimento do potencial da web.

Poucos políticos brasileiros mantém sites dignos de nota. Em geral, a maioria trata com descaso suas páginas pessoais. Perdem ali a oportunidade de criar um relacionamento com seu público eleitor. Mante-los fidelizados, cientes de sua atividade parlamentar.

A Internet é povoada por formadores de opinião dispostos a contribuir.

Vejamos a participação brasileira no Orkut. Avassaladora, não? Somos campeões de navegação aqui e ali e nossos adolescentes passam horas e mais horas discutindo em sites de relacionamento todo e qualquer assunto, dos mais fúteis aos mais relevantes.

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Logo eles, os eleitores das próximas eleições. Logo eles, que pouco ligam para a TV e “blogam” e “fotoblogam” de forma frenética. E os números não me deixam mentir: ao começar o horário eleitoral gratuito, segundo dados publicados por uma revista de circulação nacional, o tráfico na web aumenta em 30%.

Um político não deve desprezar qualquer tipo de mídia. Uma campanha se faz em detalhes. O santinho distribuído na rua é tão importante quanto o e-mail marketing. A tática é não excluir, mas sim integrar: um veículo complementa o outro. A TV ainda é a mais abrangente e muda sim os rumos de uma eleição, mas a web, se não a transforma, a solidifica a longo prazo.

Internet não fez diferença

Nesta eleição sem brilho a internet não fez diferença e navegou na onda da mesmice gerada pela cobertura da mídia em geral. Talvez o caso isolado do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, que no início da campanha para o governo do estado teve sua caixa postal invadida e não negou ter usado a web para criar rumores e boatos falsos, entre nos livros de história como feito a ser registrado.

Foram poucos e quase nulos os efeitos da internet nesta eleição. Blogs de jornalistas e analistas políticos deram o charme e estes, vamos relembrar, entraram nos bookmarks brasileiros a partir da avidez por informação gerada pelo Mensalão. Naquela ocasião, caiu o mito do brasileiro alheio a tudo. E devia ter caído o mito de que a web não influencia a opinião pública.

Mais do que uma certa implicância e até preconceito (internet é coisa para poucos!), vejo como causas do “mau” uso da rede o desconhecimento e despreparo de uma dezena de profissionais para lidar com a web. Um desconhecimento que gera uma visão destorcida, porque a internet, se não dita os rumos de uma eleição, ajuda e muito a criar fatos.

Citando um famoso sociólogo, que em maio deste ano disse ser a web “uma Bélgica” como veículo de propagação de opiniões na sociedade, com capacidade até de ditar a agenda da mídia, deixo no ar a pergunta: por que a web não decolou como ferramenta de marketing político? Fora os sites de campanhas, acessados quase que exclusivamente por jornalistas, indago porque o chamado marketing de relacionamento é ignorado de forma completa pela classe política brasileira.

O cenário muda em 2008?

Ficamos na promessa de ver nas próximas eleições um aproveitamento melhor da internet. Até lá, muito será questionado sobre o papel da mídia impressa e suas garantias de sobrevivência no futuro. O mesmo acontecerá com a televisão, meio que atualmente absorve o impacto do You Tube. Até lá (será?), a web deixe de ser uma surpresa para ser tratada de fato como ferramenta e instrumento de relacionamento.

O mensalão deixou exposto a incrível capacidade do público brasileiro de interagir. Qual jornal de grande circulação atualmente não conta com dezenas de blogs cada vez mais segmentados?

Seja suja, seja tirando sarro, seja séria, a campanha na internet tem tudo para pegar. Tomara que nossos candidatos acordem a tempo. Nessa eleição, infelizmente, a internet não fez diferença.

autora: Nara Franco
fonte: webinsider

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