As agências de propaganda por décadas concentraram-se em criação de anúncios. A partir do final da década de 80 o mercado começou a sofrer grandes mudanças devido à evolução do comportamento do consumidor. As empresas mudaram de foco no produto para foco no cliente. A competitividade e exigências do cliente fizeram com que as empresas revisem novamente seu foco. A partir de 2000 começou-se a trabalhar mais intensamente no foco do cliente, com isto, novas mudanças estruturais do mercado.
- Até a década de 80 as agências faziam apenas anúncio e cobravam altos valores. O principal atributo era ser criativo nos anúncios. Havia diversas agency house.
- Na década de 90 as agências começaram a participar mais ativamente com a contratante nas definições de marketing, e a concorrência fez com que os valores cobrados fossem menores. O principal atributo passa a ser planejamento. Drástica redução das agency house.
- Neste novo milênio, as agências, mais ativamente, passaram a participar nas decisões e estratégias mercadológicas, conhecer a fundo o comportamento do consumidor e gerenciar boa parte da comunicação.
Sofrem com a redução na remuneração, diminuição da verba publicitária e concorrem com comunicação alternativas, que estão ganhando maior proporção. O principal atributo passa a ser planejamento e gerenciamento.
Quase inexiste agency house.
A tendência das empresas é concentrar-se em seu negócio principal, terceirizando atividades não relacionadas diretamente aos seus objetivos de negócios, usando cada vez mais os serviços de especialistas externos. Apesar de ainda ser novo no Brasil o conceito de terceirização de manufatura, finanças, contabilidade, distribuição, marketing etc. A pressão para reduzir os custos provavelmente aumentará a terceirização e o envolvimento entre contratante e terceirizados.
A prestação de serviços crescerá em proporções maiores que os demais setores e o cliente exigirá muito mais. Os produtos sofrerão para diferenciar-se entre os milhares que existem e a novas tecnologias serão valorizadas. O restante será commodity.
Diante destas condições, para o ano de 2010, como será o mercado publicitário e a relação entre agência x anunciante x consumidor? Como será o mercado publicitário do interior? Qual será a situação da pequena e média agência publicitária?
Responder esta inquietude através de um estudo do futuro, Cenário na Visão Prospectiva, é o melhor meio. Cenário prospectivo não busca acertar o futuro mas possibilitar criar estratégias vencedoras em qualquer ambiente a porvir. Nos cenários não se projetam tendências, mas as quebras de tendências, que podem ser oportunidades ou ameaças.
Há três possíveis cenários futuros: Um compromisso maior; Aperfeiçoamento e mudança de foco; Melhoramento contínuo. Não cabe escolher o mais provável, pois ninguém sabe como será o futuro, mas considerar ambas possibilidades na formulação de estratégias corporativas.