Cinquenta e cinco por cento das mulheres compram alguma peça de roupa mensalmente ou bimestralmente e 22% gastam mais de R$ 200,00 por mês com vestuário, os dados são do estudo realizado em novembro de 2011 pela Sophia Mind, empresa de pesquisa e inteligência de mercado, que analisou os hábitos de consumo de moda de 2.290 brasileiras, entre 18 e 60 anos, e identificou suas preferências e os fatores que podem ou não influenciar a decisão na hora da compra.
Vender para as mulheres é uma arte que envolve uma boa conversa, atenção exclusiva e atendimento personalizado para que elas se sintam à vontade na loja. Dentro desta arte de sentidos subjetivos, escondem-se algumas técnicas práticas que podem auxiliar os empresários a ter sucesso com o público feminino, tanto em uma loja física quanto em uma virtual. “Em ambos os casos, a vitrine tem que ser bonita, rica em detalhes e com sugestões de combinações de roupas e acessórios”, recomenda o consultor do Sebrae-SP, José Carmo de Oliveira.
Segundo ele, 90% das informações são recebidas pelos olhos e, nas mulheres, essa atenção é mais apurada. “As lojas precisam, desde a vitrine até o balcão de pagamento, envolver as mulheres em experiências de sentidos, para que elas se sintam únicas e exclusivas. Em uma loja virtual, a empresa tem que oferecer vídeos tutoriais de roupas, cabelos, maquiagem e a possibilidade de simulações de vestimenta, possibilitando a mesma oportunidade de experimentações que a cliente teria em uma loja física”, enfatiza.
Personalização
O público feminino gosta de se sentir à vontade em uma loja. “A liberdade e a sinceridade com a cliente devem ser prioridade no atendimento. A vendedora precisa ser uma consultora pessoal da consumidora na hora da venda, sugerindo roupas e acessórios. Também é ideal indicar as ocasiões em que a cliente pode usar os produtos”, sugere Camila Bergamaschi, proprietária de uma loja de roupas e acessórios femininos.
O consultor do Sebrae-SP vai além. “Para cativar a mulher e mantê-la mais tempo na loja, é preciso oferecer uma boa diversidade de produtos, com um atendimento paciente e sensível. A mulher vai pedir para descer o estoque, vai experimentar tudo, e é bom que ela seja sempre aconselhada pela vendedora ou por uma amiga”.
Outra dica que, segundo José Carmo, pode resultar em vendas é a promoção de desfiles fechados para algumas consumidoras. “Pode-se ainda fazer um personal shopping, no qual as mulheres compram em casa, bem mais à vontade e com mais comodidade”.
“É preciso aproveitar o gosto da mulher por compras. Além disso, oferecer aquilo que ela procura também ajuda. Tenho o hábito de, quando vou renovar o meu estoque, adquirir produtos que não tinham na loja, mas que foram procurados pelas clientes. Quando chegam as novidades, faço questão de ligar para elas e avisar que chegaram as roupas que tanto queriam. As clientes ficam felizes com esta atenção e efetivam a compra”, comenta Camila.
Fidelização
A fidelização começa com o conhecimento do que o seu cliente quer e gosta de comprar, além do relacionamento personalizado, com exclusividade. “Quando for repor o estoque, o empresário precisa dar atenção às cores, estilos e modelos”, sugere José Carmo.
Para Camila Bergamaschi, o atendimento é fundamental para a fidelização de suas clientes. “Elas voltam para comprar na minha loja porque gostam do meu jeito de lidar na hora da venda. Eu as deixo com liberdade para ver e experimentar o que quiserem”.
A empresária realiza também um trabalho de relacionamento, enviando e-mail marketing periodicamente para o cadastro que possui e atualizando com regularidade o perfil da empresa no Facebook. “Em seis meses de loja aberta, já estamos com mais de 850 seguidores. Nossa meta é aumentar esse número para aproveitar a mídia social como um meio de divulgação das novidades”, explica.
fonte: Sebrae