Num mundo carente por compreensão, paz e harmonia, as pessoas têm buscado uma crença que as façam se sentir confortáveis e seguras espiritualmente, sobretudo, através de uma instituição religiosa. Para atrair maior número de adeptos e evangelizá-los, o marketing religioso tem sido a principal ferramenta utilizada pelas religiões para conquistar fiéis e direcionar produtos de evangelização.
O marketing religioso objetiva identificar as necessidades de espírito e de conhecimento dos adeptos de uma determinada religião, oferecendo uma linha de produtos e serviços específicos para determinado segmento religioso e linguagem inerente ao tipo de pregação veiculada .
A pessoa que se sente vazia num mundo capitalista e individualista, busca refúgio através de uma religião. A entrada de uma pessoa numa igreja pode ocorrer fisicamente através de uma visita, ou através de livros, jornais, revistas, sites, cd´s, dvd´s, programas de televisão que façam parte do conjunto de mídias, veículos e produtos religiosos utilizados por determinada instituição religiosa na persuasão.
Identificar o público que mais frequenta o templo e o bairro onde o mesmo está situado, o nível de escolaridade, renda, hábitos demais dados dos perfis demográficos e psicográficos são considerados num planejamento de marketing de uma linha de produtos religiosos.
À medida que uma instituição religiosa cresce, ela tende a se organizar de uma maneira mais complexa, com uma estruturação hierárquica similar de uma empresa ou instituição pública na definição e implementação de um plano de negócio religioso. Há uma relação com os seus fiéis e com os grupos de simpatizantes (público indireto).
Além de trabalhar com bens de consumo comercial, o marketing, não enxergando limites para a sua atuação, também serve de ferramenta para profissionalizar a oferta e a demanda do produto religioso.
No Brasil e exterior, o marketing religioso tornou-se mais forte no dia a dia através das igrejas evangélicas neopentecostais, que cresceram e espalharam as suas pregações através de aquisição de emissoras de rádio, televisão e profissionalização de seus produtos fonográficos e veículos impressos. A igreja Católica no Brasil, para não perder terreno, fortaleceu e renovou as suas editoras e produtoras tradicionais, adquirindo concessão para emissoras de rádio e canais de televisão administrado por comunidades e conselhos formados por leigos e religiosos.
Depois da década de 90, com o sucesso de cantores evangélicos e de padres cantores, as músicas religiosas passaram a ser vendidas com maior inserção comercial em lojas de departamento e especializadas ao lado de cds e dvds de música secular, abrangendo todos os estilos musicais com o intuito evangelizador. Além da música, há o mesmo trabalho presente na literatura evangelizadora e nas demais artes religiosa.
autor: Fernando Rebouças
fonte: Info Escola
Para Relembrar
” Nos portais do escurecer
Frente às trevas do pavor
Sob a luz do bem querer
Glória ao nosso salvador
No negror da antiga Era
Nasce a luz de uma quimera
Glória a nosso redentor
TIM TONES glória TIM TONES
Oásis do deserto da dor
TIM TONES glória TIM TONES
Bonança nos tempos do amor ”
Há 20 anos atrás, Chico Anysio fazia em seu programa humorístico um quadro e um personagem que cutucava os evangélicos: Tim Tones. O nome era uma corruptela de um tal de Jim Jones, um desses líderes malucos norte-americanos que dizendo-se mensageiro divino convenceu uma centena de seguidores a cometer suicídio coletivo. Mas a imagem não era de nenhum Jim Jones. Era uma descarada e provocativa sátira dos pastores televisivos norte-americanos que na época comandavam os programas evangélicos na TV. Tim Tones era um pastor que comandava seu programa de TV, de terno branco, a mesma cor da roupa de sua esposa Jennifer (algo assim) e seus 5 filhos, todos com nomes americanos. Pedia ofertas, aprontava das suas, prometia curas, etc.