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Marcas: Siga o exemplo de Beckham, mas até quando ele conseguirá catalisar as atenções?

Quinze minutos a mais de fama

Nessa mistura de esporte e entretenimento, Beckham, que jogou pelo Manchester United da Inglaterra até se transferir para a Espanha, em julho de 2003, é um nome de brilho excepcional. “Em parte, o que torna seu nome tão especial é o fato de que ele é um dos poucos ícones do esporte que conseguiu catalisar todos os elementos imprescindíveis de um mundo fulgurante de fantasia e de glamour — é um bom atleta, satisfaz os requisitos de beleza de Hollywood e tem uma esposa bonita”, assinala Americus Reed II, professor de Marketing da Wharton. “Ele construiu sua marca no âmbito do esporte mais popular do mundo. Ao transferir sua marca para os EUA, Beckham tem a oportunidade de ampliar seus 15 minutos de fama. Foi uma decisão inteligente, mas arriscada. O futebol não é tão popular nos EUA quanto o futebol americano, o beisebol ou o basquete.”

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As grandes celebridades, acrescenta Reed, “reinventam sua marca o tempo todo. Madonna é um caso clássico da indústria da música. Ela está sempre mudando a forma como trabalha a imagem, seu modo de se vestir, sua música. É isso o que Beckham vem fazendo na expectativa de deslocar sua imensa popularidade em todo o mundo para um novo cenário”.

Segundo Reed, não há ninguém no basquete ou no beisebol “que possa se comparar ao apelo que Beckham tem mundialmente. Todo o mundo quer uma fatia desse bolo. O apelo do atleta é imenso no mundo todo; é uma loucura. Chega a lembrar os Beatles. Pessoas que nem sequer tem a mínima curiosidade por futebol de repente se interessam pelo assunto. No momento em que você cruza essa fronteira e ganha massa crítica, a curiosidade em relação ao personagem, do ponto de vista da marca, ganha vida própria. Isso é extremamente raro”.

Também é extremamente arriscado. Muitos observadores referem-se a um tipo de economia a que chamam de “estelar” e na qual Beckham se inclui, já que foi convocado para incrementar a popularidade e o sucesso de um time. Isso não é muito diferente de uma empresa que contrata um CEO de primeira linha para salvá-la da falência. Esse novo CEO, porém, raramente fica incumbido de resgatar o futuro de toda uma indústria. No caso de Beckham, sua missão — que ele abraça abertamente — consiste não somente em melhorar o perfil de um time, mas também em levar o futebol a novos patamares em um país onde ele não passa de um primo distante dos demais esportes. Essa tática já foi tentada anteriormente, e não funcionou. Uma estrela internacional do futebol como Pelé não foi capaz de salvar o Cosmos, de Nova York, nos anos 70; e as importações de estrelas européias tentaram em vão salvar a Liga Norte-Americana de Futebol, que se viu obrigada a entrar com pedido de falência em 1984.

Na tentativa de evitar esses erros bem conhecidos, a MLS, desde que foi formada em 1996, tem controlado cuidadosamente suas despesas e os salários dos jogadores das 13 ligas que a compõem — pelo menos até agora. No ano passado, a liga mudou as regras salariais então em vigor, de modo que as equipes pudessem contratar um jogador cujo salário poderia exceder o teto estabelecido. A decisão que ficou conhecida como “regra de Beckham”. Em um negócio que o Anschutz Entertainment Group (AEG), dono dos direitos operacionais do Galaxy e de outros times da MLS, descreveu como “o maior da história do mundo dos esportes”, os 250 milhões a serem pagos a Beckham no decorrer de cinco anos incluem um percentual das vendas do uniforme da equipe e dos ingressos das partidas — algo que Beckham sempre reivindicou sem sucesso na Espanha.

A contratação do astro inglês é apenas uma entre diversas decisões recentes tomadas pela MLS com o objetivo de fortalecer a entidade em seu 11º. ano de existência. Nos últimos anos, a MLS acrescentou mais três times ao seu elenco, seis novos donos de equipes e quatro estádios novos para jogos de futebol. A Liga planeja incorporar mais duas equipes aos seus quadros até 2010. Diferentemente da era Pelé, em que os meios de comunicação não se interessavam pelo esporte, a MLS assinou recentemente acordos de transmissão de longo prazo com a ESPN, Univision e Fox Soccer Channel para transmissão dos jogos da Liga. Entretanto, talvez nada se compare à chegada de Beckham, um jogador sem igual e que cativa tanto homens quanto mulheres e jovens.

“David Beckham é um ícone do esporte conhecido no mundo todo e que transcenderá o próprios futebol nos EUA”, disse Don Garber, presidente da MLS, no dia em que o contrato de Beckham foi anunciado. “A decisão do atleta de prosseguir com sua célebre carreira na Primeira Divisão de Futebol dos EUA é prova de que os Estados Unidos estão se tornando rapidamente uma nação verdadeiramente ‘futebolística’, tendo a MLS no âmago de suas atividades. A contratação de David Beckham é mais um passo à frente para a MLS e para o esporte.”

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