As variações dessas letras (ligth, itálico e negrito, por exemplo) de uma determinada família são as fontes desenhadas para a elaboração de um conjunto completo de caracteres que consta do alfabeto em caixa alta e caixa baixa, números, símbolos e pontuação.
Os tipos constituem a principal ferramenta de comunicação. As faces alternativas de tipos permitem que você dê expressão ao documento, para transmitir instantaneamente, e não-verbalmente, atmosfera e imagem
Tipografia é transformar um espaço vazio, num espaço que não seja mais vazio. Isto é, se você tem uma determinada informação ou texto manuscrito e precisa dar-lhe um formato impresso com uma mensagem clara que possa ser lida sem problema, isso é tipografia.
– Wolfgang Weingart
Bom design é aquele que utiliza bem as potencialidades da tipografia.
Aliás, não é por acaso, que o conhecedor do design de qualidade, consegue ver pelos tipos de letra utilizados se, quem fez determinado projecto é ou não profissional.
Na era da Revolução Digital, também não é de admirar, que a tipografia seja uma área bastante complexa, recorrendo a tecnologias específicas e bastante avançadas, para obter o melhor resultado em ecrã, impressoras postscript, plotters, etc.
Falar em tipografia digital é falar em criação de famílias de tipos (para serem utilizados nos computadores pessoais em diversas aplicações, por exemplo), mas também na criação de logotipos, letterings, títulos, enfim, todo um universo tipográfico que recorra ao design de tipos para fins específicos e por vezes únicos (ex: logotipo).
TIPOLOGIA E DESIGN
O maior de todos os objetivos do designer gráfico é o bom senso e a criatividade bem aplicada. Ele precisa comunicar algo a alguém, e tem que chamar a atenção. A parte escrita é muito importante num projeto gráfico e saber utilizar de forma correta os tipos ou fontes é fundamental. Alguns passos São abordados na construção de uma página:
1. Contraste – É importante lembrar de algumas regras quando usar as fontes na composição: tamanho, peso, estrutura, forma, direção, cor.
E algumas regras valem como dicas permanentes na diagramação com tipos: fontes com serifa facilitam a leitura, mas cuidado, na tela do computador as serifas podem atrapalhar pois ficam serrilhadas nos pixels. Fonte sem serifa é ideal para títulos, frases de cartaz, outdoor e textos de leitura rápida.
O alinhamento à esquerda também facilita a leitura. Cuidado com o contraste que forma a cor com o fundo: amarelo sobre branco tem uma leitura difícil, vermelho sobre verde vibra muito, branco sobre preto em texto longo cansa a leitura.
2. Repetição – é o que cria uma identidade visual com o leitor, estabelecendo uma hierarquia, utilize determinadas fontes em determinados pontos da sua página, como títulos, sub-títulos e em pontos estratégicos.
3. Alinhamento – centralize ou justifique quando o tema do seu site e o texto for formal, caso contrário procure utilizar o texto de forma mais livre e disponha conforme a sua criatividade e o bom senso permitirem. Há cinco maneiras básicas de organizar as linhas de composição em uma página :
Justificada : todas as linhas têm o mesmo comprimento e são alinhadas tanto à esquerda quanto à direita.
Não-justificada à direita : as linhas têm diferentes comprimentos e são todas alinhadas à esquerda e irregulares à direita.
Não-justificada à esquerda : as linhas têm diferentes comprimentos e são alinhadas à direita e irregulares à esquerda.
Centralizada : as linhas têm tamanho desigual, com ambos os lados irregulares.
Assimétrica : um arranjo sem padrão previsível na colocação das linhas.
4. Legibilidade – Talvez seja o ponto fundamental, é muito importante saber utilizar estilos de fontes em determinados casos, fontes desconstruídas e modernas se encaixam bem em sites modernos e jovens, fontes clássicas e manuscritas muitas vezes se encaixam bem em sites clássicos e sérios, fontes normais e sérias se encaixam perfeitamente em sites institucionais e moderados.
Classificação dos tipos
Fonte: é o conjunto completo de caracteres sob o mesmo estilo e em todos os corpos: caixa alta e baixa, sinais de pontuação, acentos e numerais.
Família de tipos: são todas as variações de uma fonte: Helvética Narrow, Helvética Narrow Bold, Helvética Narrow Bold Oblique.
Classificação
serifa triangular – elzevir, ex:Times New Roman
serifa linear – didot, ex:Bodoni
serifa quadrada – egípcio, ex: GeoSlab
ausência de serifa – antigo
sem serifa, ex: Helvética
semi sem serifa, ex: Optima
cursivas ( manuscritas ), ex: Thelly Alegro BT
fantasias, ex: Kidnap
Fontes digitais – Com o advento do computador a adobe desenvolve a linguagem postscript que possibilitou um novo formato de fonte, o vetorial.
fontes Adobe Type 1 – apresentam um nó a cada 90 graus, trazendo refinamento e precisão ao desenho do tipo. Para impressão
fontes True Type – apresentam um nó a cada 45 graus, portanto apresentam defeitos quando ampliados. Para saida web
Baseados em estudos feitos por Francis Thibedeau, em meados do século XVIII, na França, foi estabelecido as principais família de letras de imprensa. São elas:
Romana antiga
Criada pelos franceses no século XVIII, inspirada na escrita monumental romana, proporciona ao leitor um inconsciente descanso visual, alcançando o maior grau de visibilidade de todas as famílias.
Romana moderna
Criada pelos italianos no século XVIII, apresenta uma evolução dos romanos clássicos, Esteticamente agradáveis, trouxeram sensível melhora na legibilidade das letras.
Egípcia ou Serifa Grossa
Criada com o advento da revolução industrial, no século XVIII, tem como característica estrutural uma certa uniformidade nas hastes e serifas retangulares.
Lapidária ou Sem Serifa
Criada na Alemanha no século XIX, possui caracteres com poucas variações em suas hastes, cujos arremates não possuem serifas. Indicada para a confecção de hastes e embalagens, mas desaconselhável para textos longos.
Cursiva
São as letras que não se encaixam em nenhuma das famílias já vistas. Elas têm hastes e serifas livres, o que as tornam as mais ilegíveis de todas, limitando seu uso a destaques, com número limitado de toques.
Estilo Antigo: baseiam-se na escrita à mão dos escribas, que trabalhavam com uma pena na mão. Possuem serifas sendo que na caixa baixa elas são inclinadas. Ênfase diagonal, transição grosso-fina moderada. Ex.: Garamond
Estilo dos Tipos
Estilo Moderno: em 1700, o aperfeiçoamento do papel, as técnicas mais sofisticadas de impressão e um aumento genérico dos dispositivos mecânicos foram fatores que fizeram com que o tipo também se tornasse mais mecânico. Ênfase vertical, serifas horizontais e finas, transição grosso-fino radical. Ex.: Bodoni
Serifa grossa: surgiu com o conceito de propaganda depois da Revolução Industrial. Também chamada de tipo egípcio. Ênfase vertical, as serifas em caixa baixa são horizontais e grossas, pouca ou nenhuma transição grosso-fino nos traços. Ex.: New Century Schoolbook
Sem serifa: é o tipo chamado de sans serif. A idéia de remover as serifas foi um progresso tardio na evolução das tipologia e não obteve muito sucesso até o início do século XX. Não há serifa em parte alguma, não há transição grosso-fino nos traços, não há ênfase em nenhum dos eixos. Ex.: Antique Olive
Manuscrito: todos os tipos que parecem ser escritos à mão. Ex.: Ariston
Decorativo: são ótimos, engraçados, diferentes, fáceis de usar. Ex.: Shabby
PADRÕES PARA WEB
O produtor de conteúdo e o designer deve se preocupar com a padronização gráfica que adotará, respectivamente, na produção do texto e na solução gráfica da aplicação web.
Aplicar pouca variedade de tipos, evita uma miscelânea de letras que acabam por dificultar a leitura e a definição de um estilo para a o conjunto da aplicação.
Variações de tipos – Especialistas sugerem que o número de tipos de letras utilizados fique em torno de três.
Utilize tipos de letras para caracterizar diferentemente o título, o texto e anotações. Ao adotar, por exemplo, três tipos, pode-se fazer uso de suas variações como o itálico, o bold e o condensado que permitem boa margem de opções, sem, contudo, descaracterizar o estilo da página.
A escolha do tipo de letra – Embora subjetiva, deve considerar à legibilidade, ou seja, a facilidade que leitor deve ter para reconhecer as letras.
Tipos serifados
Tipos que contem traços nas extremidades das letras. Guiam os olhos do leitor de uma letra para outra, imprimindo ritmo e facilitando a leitura impressa.
Ex: Garamond, humanistic, Aldine, etc.
Tipos sem serifa (tipo bastonado)
Tipos que não contem traços, são retos, utilizados em títulos e legendas com letras no formato bold. Os tipos sem serifa facilitam a leitura na web.
Ex: Helvética, Verdana, Arial, Futura, etc.