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Eu quero um site azul balde com amarelo xixi

É muito comum ouvir de designers e programadores reclamações sobre determinados clientes. Um diz que o cliente é ignorante ao não entender o layout apresentado, outro dispara as mais feias acusações contra o coitado que simplesmente quer que o site seja da cor “azul balde”.

Temos que compreender que o cliente quando contrata um webdesigner está contratando esse profissional simplesmente porque não entende bulufas sobre criação web.

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Do mesmo jeito quando vamos a uma oficina mecânica, olhamos para o motor do mesmo jeito que um jumento olhando para uma rosa. Você já viu isso? Um jumento olhando para uma rosa? 🙂

É claro que existem os clientes ignorantes de espírito, quando são arrogantes e orgulhosos, praticamente obrigando você a criar do jeito que ele manda, onde no final a criação é mais obra do cliente do que sua. E ainda por cima pagam por uma criação que você não fez.

Esse tipo de cliente eu descarto logo assim que percebo essa atitude durante o briefing. Se o cliente deseja fazer tudo sozinho, pra quê me contratar?

Já o cliente que ouve você, se interessa pelo que você apresenta e participa no projeto de forma amistosa, esse sim não merece reclamação.

O cliente não tem obrigação de saber o nome correto da paleta de cores pantone. Nem saber o que é Java nem HTML. Ele tem um problema e contratou um webdesigner para solucionar isso. O cliente tem que entender de outras coisas com o objetivo de administrar a empresa dele. Por isso não se assuste quando ele disser a você que gostaria de uma animação flash semelhante ao filme Exterminador do Futuro 2 ou que o site deve ser uma combinação de “azul balde” com “amarelo xixi”.

Uma das funções do trabalho do webdesigner é saber interpretar o que o cliente deseja. Conversar com ele, entender seu espírito, seu jeito. Isso é quase um trabalho de psicólogo.

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Sempre que posso, prefiro ir até o cliente conversar com ele ao vivo do que enviar um briefing pelo email ou conversar pelo telefone. Através de uma conversa ao vivo é possível interpretar suas idéias até na gesticulação facial quando se fala determinada frase. Só dessa forma você além de entender teoricamente o projeto, sente ele. E webdesign trabalha com isso, com sentimentos, emoções, no campo do lúdico e abstrato.

Quando o cliente está fora de minha cidade e não posso me encontrar com ele, utilizo muito o Messenger e uma intensa troca de emails. Alguns acham chato mas somente dessa forma, com muito papo, é possível fisgar o sentimento e expectativas que o cliente tem sobre o projeto.

E é essa etapa a mais importante de um projeto: o briefing. Um briefing mal feito pode trazer aborrecimentos e atrasos lá na frente. E para um briefing ser bem feito é necessária a total participação do cliente nessa etapa.

Nisso aí eu sou chato. Encho o saco do cliente até sentir que a entrevista está completa e que posso progredir adiante. Mesmo assim ocorre do cliente chegar na apresentação do layout e simplesmente dizer: “não gostei”.

Pior aquele que depois do “não gostei” não sabe dizer o que não gostou. Por muito tempo me aborreci com isso e confesso que ainda me aborreço às vezes. Mas hoje já entendo que nem todo mundo consegue interpretar o que não gostou. Isso é normal. Do mesmo jeito que eu não sei tocar violão e tem garotinho de 5 anos tocando violão muito melhor do que marmanjo de 50. Conseguir observar e analisar o que é feio ou é bonito é uma habilidade que alguns já nascem com ela, outros com o tempo e com a prática conseguem desenvolver.

Conseguir interpretar o “não gostei” do cliente é um desafio que todo webdesigner deve enfrentar como um requisito básico dessa função. Normalmente o “não gostei” de um cliente nasce de um briefing mal-feito. Quando você não consegue perceber o espírito da empresa, sua alma, suas energias. Tampouco sintonizar com as idéias e expectativas do cliente. Nesses casos refaça o briefing.

Há casos também do webdesigner ter acordado de mal humor. Aí o jeito é tomar um chá de sorriso.

Nunca encha o peito de raiva. Deixe dentro dele apenas o bem. E vá até o cliente cheio de coisas boas no coração, com o intuito de ajudar, colocando o bem acima de tudo.

Todos estão no mesmo barco. O melhor mesmo é remar, um ajudando o outro.

Para o alto e avante!

autor: Bruno Avila – brunoavila@brunoavila.com.br

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