É profissional experiente, toma as decisões de negócio nos programas de mídias sociais, define os parâmetros da estratégia e influencia os investimentos com fornecedores.
Recentemente o estrategista Jeremiah Owyang, do blog Web Strategy, que recomendo, publicou um artigo interessantíssimo chamado Career Path of the Corporate Social Strategist.
O artigo apresenta uma pesquisa feita sobre a situação atual dos profissionais dedicados à estratégia em mídias sociais em corporações norte-americanas. Neste post me atenho a apenas uma parte do artigo, que é o perfil do estrategista de mídias sociais.
Mas o que é exatamente um corporate social strategist – ou mal traduzindo, um estrategista de mídias sociais corporativo?
Segundo Owyang, o estrategista de mídias sociais corporativo é o cara que toma as decisões de negócio nos programas de mídias sociais, define os parâmetros de toda a estratégia (inclusive de conteúdo) e influencia diretamente os investimentos com fornecedores de tecnologia e outros serviços.
Essencialmente é um profissional inquieto, proativo (mas não o do clichê de dinâmicas de RH, falo do proativo de verdade), responsável por verdadeiras transformações culturais nas empresas. E sim, são profissionais das empresas. A tendência no mercado norte-americano é que as empresas tenham seus estrategistas e não apenas deleguem esta atividade às agências de RP, marketing ou publicidade, coisa bem comum aqui no Brasil.
Mas se terceirizar esse trabalho fosse o maior dos problemas, a situação não seria tão complicada. O maior dos problemas, no entanto é que a maioria das médias empresas (e também agências de comunicação digital) no Brasil cada dia mais procuram profissionais baratos – estagiários, sobrinhos, redatores, um cara qualquer do marketing – para realizar esse tipo de trabalho.
Para ser estrategista é preciso ter experiência. É preciso conhecer e ter vivido o mercado para poder tomar as decisões e haver algum retorno. E um profissional com esse tipo de experiência não vale pouco.
Voltando a falar sobre a pesquisa: dos 100 perfis avaliados pela pesquisa (50 profissionais entrevistados e 50 perfis no LinkedIn), 36% são mulheres e 64% são homens, a maioria formada em comunicação e marketing, mas com alguma presença de formados em administração ou tecnologia.
A quantidade de PhDs é mínima, com apenas 2% dos entrevistados. Poucos têm mestrado e a grande maioria tem o terceiro grau completo. Ainda bem, né?
Mas o dado mais importante sobre o perfil do estrategista de mídias sociais é quanto a experiência acumulada. Apesar do tempo de carreira em mídias sociais ser relativamente pequeno, média próxima a três anos, eles tem, em média, mais de seis anos de carreira em comunicação digital ou marketing. É um tempo razoável para se ter uma bagagem, não acham?
Os desafios
Por fim, os grandes desafios desse pessoal são:
– Resistência de cultura interna
– Mensuração do retorno sobre investimento
– Falta de recursos
– Tecnologia em constante mudança
– Ressentimento e inveja da sua posição
– Um crescente aumento de demandas
E ai? Estamos no mesmo barco ou não estamos?
autor: Fábio Bito Teles
fonte: [Webinsider]