O adolescente é um exemplo de perfil de público que utiliza essa força de expressão. O jovem necessita fazer parte de um grupo: podem ser até três amigos mas, para ele, este é o seu “todo mundo”. Se aqueles três amigos não forem a uma festa, mesmo que esta tivesse sido um sucesso, com a presença de milhares de pessoas, quando questionado, o jovem comentaria tranqüilamente: “ninguém foi”.
Aonde quero chegar? A comunicação precisa entender o “todo mundo” de cada um. Se o produto ou serviço não obtiver atitude positiva por parte do seu grupo de interesse, a resposta será: “ninguém” gosta daquilo. Na lata.
É paradoxal: em um período de globalização, de dinamicidade da informação, de muitas ações de guerrilha, de relacionamento, virais etc., devemos buscar a forma mais pessoal e dirigida de atingir o consumidor. É importantíssimo conhecermos o “todo mundo” de cada produto ou serviço.
Eles (os integrantes do “todo mundo”) exercem fundamental papel de influência e, muitas vezes, de decisão de compra. Se o mais influente do grupo comprou, é quase que obrigatório adquirir também. Só de cor diferente, pra dizer que tem personalidade.
É claro que não são apenas os jovens que têm o seu “todo mundo” e também é raro a pessoa ter apenas um “todo mundo”. Geralmente convergimos para grupos de interesses afins e mesmo gêmeos podem ter diferentes motivações. Para cada grupo, podemos ter amigos diferentes. Assim se constroem as cadeias de relacionamento.
Investigando um pouquinho, pode descobrir, sim, esse “todo mundo” do seu produto ou serviço. O setor de planejamento e pesquisa das agências é responsável por coletar um conjunto de informações e apontar estrategicamente a melhor maneira de falar com o seu público-alvo.
Identificar o “todo mundo” seria, retomando os conceitos clássicos de posicionamento, o processo de qualificar mais profundamente os segmentos de público. E segmentar público, hoje, não é “masculino, 25 a 35 anos, classe B”. É bem mais que isso.
Você sabe quem é o “todo mundo” do seu cliente?
autor: André Torales
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