Professor de Stanford, Byron Reeves fala como empresas podem “emprestar” estratégias dos games para liderar mercados
Muitas rotinas ligadas ao treinamento de equipes e de executivos passam a contar com ferramentas de jogos e atividades que transmitem aprendizado e geram engajamento.
Para o professor Byron Reeves, da Universidade de Stanford, os jogos e a realidade virtual muda o modo com que as pessoas e organizações pensam e interagem. Em seu livro Total Engagement: Using Games and Virtual Worlds to Change the Way People Work and Businesses Compete, o autor aponta características bem-sucedidas, que podem ser transpostas para o universo empresarial:
• Autorrepresentação: a criação de uma identidade (desde um endereço de e-mail até algo complexo como um avatar);
• Narrativa: quando um jogo expõe uma narrativa, o usuário se sente parte da história;
• Feedback instantâneo: todos os jogos proporcionam feedbacks constantes, prendendo a atenção do usuário e gerando maior participação e interesse;
• Rankings e níveis: ao contrário do mundo real, nos games as pessoas encontram a possibilidade de romper com seu status atual e atingir novas metas e posições;
• Transparência: a meritocracia é uma constante em muitos jogos e geralmente há uma exposição clara do status, ranking e valores de cada um dos jogadores;
• Economia: os games atuais e mundos virtuais possibilitam o uso de moedas, assim como no mundo real, porém inseridas dentro de seu próprio contexto – é o conceito da recompensa;
• Equipes: em muitos jogos é necessário colaborar para vencer. Esse tipo de ferramenta desenvolve o trabalho em equipe e melhora interações;
• Comunicação: os jogos de hoje permitem a troca de experiências e mensagem em múltiplos canais, gerando experiências mais engajadoras;
• Regras: as regras nos games são claras – geralmente se sabe como ir do ponto A ao ponto B. Mas como ser promovido na sua empresa? A falta de regras claras que definam o rumo do sucesso nas organizações pode derrubar a motivação;
• Parâmetros de tempo: os jogos definem tempos e limites para a realização de tarifas, gerando experiências marcantes.
Gamification
As estratégias de marketing ligadas aos games também geram fidelização e engajamento de clientes por meio de pontuações, rankings e “badges”, cresce a um ritmo até mesmo superior ao marketing em mídias sociais.
A consultoria M2 Research elaborou estudo onde prevê que nos Estados Unidos o mercado de marketing baseado em games irá gerar um total de US$ 100 milhões este ano, mas espera que esse total chegue à casa de US$ 2,8 bilhões até 2016.
No mesmo período, a consultoria estima que os gastos com marketing em mídias sociais passem dos atuais US$ 2 bilhões para US$ 9 bilhões.
fonte: Portal HSM