A prática do “Eu sou legal, vote em mim pra desenvolver a sua região” e apertos de mão de última hora não vai colar nas redes sociais. As campanhas dependem de acordos, das prévias e dos nomes que saem para a luta nas urnas. Mais do que isso, dependem da canetada no orçamento. Na TV, muita coisa fica para os 45 do segundo tempo, a produção corre, o programa vai ao ar e atinge com eficácia a grande massa.
Na internet, não. E esse é um dos gaps das campanhas políticas no Brasil em relação a outros países. Aqui, o meio digital é tratado da mesma forma que rádio, TV e jornal. E agora, neste momento, aguarda o homem da caneta. Só que um amigo não se faz em 5 segundos. Nem na vida real e muito menos na virtual. Clicar e dizer que é amigo é uma coisa. Votar na pessoa e virar defensor de sua plataforma eleitoral é outra bem diferente. Para engajar, assim, precisa de tempo. Precisa começar antes. Começar muito antes do começo.
As fases da construção de uma plataforma digital, tanto política quanto empresarial, podem ser análogas à construção de uma estrada. Precisa o estudo de viabilidade, estudo de solo, diversas licenças. Só depois as máquinas entram em ação. Então tem a fase da terra, do cascalho e por último vem o asfalto. Na plataforma digital tem o planejamento, estudo da concorrência, das oportunidades, avaliação de riscos e depois a construção e alimentação dos canais. Definitivamente, é bem diferente do que botar um programa de TV no ar. Por que a conquista do público está durante a construção do relacionamento e não na sua veiculação final. Veiculação final não existe. A plataforma estará sempre em construção. Quer ter melhores resultados? Comece antes. #ficaadica
autor: Carlo Manfroi
fonte: Acontecendo Aqui