A base da pira das olimpíadas do Rio chegou ao então canteiro de obras da Esplanada da Candelária em Julho deste ano. Apesar das tentativas de esconder a informação, algumas fontes na época já afirmavam que o artista americano Anthony Howe, seria responsável pela obra que faria parte de uma das maiores surpresas do evento.
Anthony Howe é um escultor norte-americano, natural de Salt Lake City, no estado de Utah. Com raíz na pintura, hoje cria um tipo muito peculiar de esculturas surreais em movimento. Começou a desenvolver suas peças em 1989.
Ao estar entediado com o mundo estático visual, começou a imaginar um novo processo em que esculturas não precisariam ser cruas e sem vida. O que o artista faz é conhecido como escultura cinética, arte que se move com a natureza.
Tudo começa num software 3D, onde o artista combina efeito visual e ciência. Ele recorta em sua oficina cada peça projetada utilizando basicamente metal e todo acabamento final é feito manualmente.
“Escultura cinética reside na interseção de inspiração artística e complexidade mecânica”, descreve o artista, em seu site. “A fabricação de uma das minhas peças depende de expressão criativa, fabricação de metal e um processo de design lento em partes iguais. Destina-se a alterar a própria experiência de tempo e espaço quando testemunhado”.
Suas esculturas cinéticas são cheias de efeitos visuais que encantam qualquer pessoa:
O contato do comitê olímpico com o artista aconteceu em Agosto de 2015. Pouco tempo depois, ele começou seu árduo trabalho em aproximadamente 12 metros de diâmetro e pesando 2 toneladas, no que é o maior símbolo do maior evento esportivo da Terra. A pira das Olimpíadas do Rio tem uma pequena chama, que ficou em frente da escultura do artista, formando um conjunto que representa o sol e os movimentos, a vida. A criação de Howe, tem sua base em aço e movimentos em espiral, uma das características de seu trabalho.
“Minha visão era de replicar o sol, usando o movimento para imitar sua energia pulsante e os reflexos da luz”, disse Anthony Howe.
Foram feitas duas versões, uma para a cerimônia no Estádio do Maracanã e outra menor, que ficou em frente às tombadas Igreja da Candelária e Casa França-Brasil, construídas entre o final do século XVIII e início do século XIX.
Fernando Meirelles, diretor da cerimônia de abertura da Olimpíada, conta mais detalhes da pira olímpica no vídeo abaixo:
Você pode acompanhar todo o trabalho de Anthony Howe, em seu site. Abaixo, veja o momento em que a pira olímpica da Rio 2016 é acessa e ganha vida: