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Escolhendo sua Faculdade

Para aqueles que desejam cursar uma faculdade de Desenho Industrial, tão importante quanto a decisão de se faze-la é a escolha da instituição de ensino onde a base de seu conhecimento será fundeado. Infelizmente, o acesso a ensino de qualidade ainda é privilégio de poucos, por isso a escolha de uma boa universidade ou curso em faculdades pode se tornar tão dramática.

A Educação em nosso país, como um todo, não atravessa um momento favorável. Vários são os problemas que a afligem, desde as condições precárias das instituições, escolas e universidades, passando pela falta de recursos e professores desmotivados. Muitos desses problemas são crônicos, e todos sabemos que não há talento e força de vontade que resistam a tantas condições desfavoráveis.

Os cursos de Desenho Industrial, por tabela, também sofrem com esse panorama, seja na proposta inadequada de ensino, seja por deficiência técnica e material…problemas que afligem o ensino superior como um todo.

O ensino de Design no país ainda é incipiente. Seu curso pioneiro, implantado pela Escola Superior de Desenho Industrial completa 40 anos em 2004. E somente de alguns poucos anos para cá boa parte das universidades incluiu o curso de Desenho Industrial em sua grade.

Ainda assim, é importante analisar procurar aqueles cursos que apresentem uma posição consolidada ou algum reconhecimento. Normalmente, são oriundos de faculdades mais antigas que, se ainda não apresentam as melhores estruturas de curso, pelo menos tiveram mais tempo para errar e aprender com seus erros e acertos.

Uma das primeiras providências é descobrir se o curso é autorizado ou reconhecido pelo MEC. Quando criados, os cursos são apenas autorizados. Seu reconhecimento se dá somente depois de um certo período. Isso é relevante a partir do momento em que sabemos que os diplomas de cursos autorizados não têm validade.

O Exame Nacional de Cursos, o Provão, que dá aos cursos conceitos de A até E, nem sempre retratam a realidade: algumas instituições submetem os alunos a cursos intensivos, nos últimos anos, para fazer bonito no Provão; em outras, os alunos o boicotam, prejudicando o conceito da faculdade.

Verifique se o curso oferece habilitação em Programação Visual e/ou Projeto de Produto e que tipo de grau que ele concede (bacharelado, licenciatura…). Alguns cursos podem oferecer habilitação em ambas as áreas. Procure se informar sobre a atuação de cada uma. Desse modo você naturalmente se encaminhará para aquela com a qual mais se identificar.

O enfoque das faculdades de Desenho Industrial pode variar de uma para outra. Algumas são mais voltadas para belas artes, incluindo em sua grade curricular matérias pertinentes aos cursos de Artes Plásticas, principalmente aquelas referentes à representação visual. Outras faculdades mantêm uma metodologia mais voltada para o racionalismo e metodologias de indústria e mercado. Isso você poderá descobrir em conversas com professores e coordenadores.

E falando em professores, muita atenção a eles, que serão os responsáveis pela transmissão de conhecimento e seu aprendizado. Quanto mais docentes com título de mestre ou doutor (os bons cursos têm cerca de 40% de mestres) ou de cursos de pós-graduação que também lecionem na graduação, maiores as chances de você ter professores realmente empenhados e dedicados. Muitos cursos de design possuem professores que trabalham como profissionais em escritórios próprios e isso pode ser vantajoso se eles repassarem ao aluno suas experiências e a situação do mercado de trabalho.

Mas nem só de teoria vive um aluno do curso de Desenho Industrial. Aulas práticas são muito divertidas, experimentais e bastante elucidativas. Nelas, você poderá colocar em prática e testar aquilo ensinado em sala. E para que o aluno possa usufruir a riqueza de uma aula prática, é necessário que oficinas e laboratórios estejam em ordem. Tente passear pelos laboratórios em companhia de um veterano e ouça suas impressões sobre os equipamentos. Veja se são modernos, em quantidade adequada ao número de alunos em classe, se podem ser usados fora da aula (para fazer trabalho), se há material suficiente. Os cursos de DI normalmente dispõem de oficinas voltadas para a fabricação de modelos e protótipos, estúdios e laboratórios de fotografia e computação, serigrafia, audiovisual e modelagem… enfim, uma série de instalações que devem estar à disposição para que o aluno exercite sua criatividade.

Dentro dessas instalações, outra base de conhecimento a ser observada com atenção é a biblioteca. Confira se o acervo para o seu curso é suficiente e atualizado com lançamentos do ano, revistas, vídeos, anuários, livros teóricos, técnicos, catálogos e CD-ROMs. Procure pelos projetos de graduação e verifique a produção acadêmica que foi gerada pela faculdade. Procure observar a qualidade e diversidade do acervo. Na sala de estudos, veja se há computadores com acesso à internet.

Não esqueça de dar um pulo à secretaria. Verifique o regulamento interno e leia com atenção todos os seus direitos e deveres, as formas e datas de pagamento da mensalidade (se o curso for pago) e se há outras despesas ao longo do curso, como livros e material didático de apoio. O estudante de DI precisa experimentar e ter contato com muitos materiais, sejam eles para desenho, pintura, modelagem tridimensional, confecção de modelos, experimentações gráficas… Enfim, prepare-se para investir algum dinheiro em sua formação.

Passe os olhos pelos murais e veja as convocações de alunos para estágios em empresas. Verifique se há uma coordenadoria de estágios, como funciona a política de estágios (carga horária, área etc.), se há convênios ou intercâmbios com empresas, órgãos do governo e mesmo com outras universidades – inclusive estrangeiras.

Uma boa faculdade investe na formação do aluno e lhe dá condições de desenvolver suas potencialidades. Metade de sua formação será provida pelo que ela lhe oferece. A outra metade, cabe a você. Utilize-a para experimentar, testar, aprender bastante, manter contato com professores e profissionais da área. Respire design. Leia, estude, informe-se bastante e não se atenha somente ao que os professores passam ou recomendam. Procure referências, vá atrás de cursos complementares, seminários, palestras, feiras e eventos relacionados com o que você deseja fazer. Crie uma cultura visual e crítica, mantendo-se informado sobre atualidades e atividade culturais.

Enfim, faça da sua faculdade a referência e a base de seu conhecimento e construção profissional. O resto é com você. Boa sorte!

autor: Eduardo Vieira
fonte: Sobre Sites

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