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Impresso recupera terreno

Com os anunciantes finalmente ampliando questionamentos sobre a real eficácia das mídias digitais, como registra a edição de março/17 da Revista do Cenp (A esquizofrenia digital está no seu limite), o movimento pendular da História inicia seu retorno em busca do conceito “vale o que está escrito”, cuja relevância aumenta quando o que se escreve não desaparece.

Muitos fatos ocorridos sequencialmente nas últimas semanas e dias têm mostrado que a chamada mídia impressa recupera a sua força. Para ficarmos somente em nossa aldeia, mencionamos a recuperação da revista Veja, que acaba de ultrapassar a tiragem de 1.200.000 exemplares, aumentando a sua circulação em 7,8% em relação ao mesmo período de 2016 (janeiro).

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Na quinta-feira (30), em inédita ação promocional, a consultoria GAD (Luciano Deos) convenceu os concorrentes Folha e Estado a encartarem seus exemplares do dia em um único envelopão azul, enviado ao mailing de assinantes desses jornais, o que na geração anterior dos seus proprietários seria impensável.

A ação comunicava a formação da empresa B3, resultado da integração das operações da BM&FBovespa e Cetip. Na face da embalagem, frase reveladora da força dessa mídia: “Dois jornais, juntos, potencializam a informação. Duas empresas, também”.

Para o mercado da comunicação, mais do que valorizar a integração daquelas duas pessoas jurídicas que repartiram o custo do job, prevaleceu a demonstração de força desses tradicionais e respeitados jornais.

Segundo publicitários ouvidos pelo PROPMARK, a Folha e o Estado, curiosamente, viraram notícia nesse dia, sinalizando o trade para as incontáveis possibilidades de uso das suas marcas e plataformas.

“Foi um soco na cara de boa parte de uma geração que deixou de ler os impressos”, afirmou-nos um presidente de importante agência que atua nos principais centros do país.

O que ele quis dizer, na verdade, é que as mídias não se substituem, mas se complementam. Trata-se de uma afirmação que tem sido lembrada pelos mais experientes nos últimos 20 anos, reconhecendo a incontroversa importância do digital (que a próxima edição do PROPMARK abordará de forma ampla), lembrando, porém, que a capacidade de comunicação e de fixação da mensagem na mente do público leitor é igualmente incontroversa.

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Um dos fatores que mais tem contribuído para esse reconhecimento, não só pelos comunicadores em geral, como também pelo próprio público multimídia, reside nessa palavra mágica que tanto respeitamos: credibilidade. E aqui se abre uma discussão que ganha cada vez mais adeptos, em virtude da absoluta falta de critério para se opinar e noticiar no digital, diante de um reconhecido e permanente zelo exercido pelas chamadas boas casas do ramo, no que se refere à qualidade (e/ou veracidade) do seu conteúdo editorial.

Enquanto isso, o digital abre suas portas para todo tipo de criatura humana travestida de comunicador, quando de posse de um emissor digital.

O publicitário e empreendedor Roberto Duailibi, em uma criteriosa análise sobre a importância dos meios (analógicos e digitais), assinou na terça (21) um artigo no jornal Valor, cujo título nem precisaria de texto: O poder da credibilidade.

O autor inicia observando que “virou moda falar mal das chamadas mídias tradicionais, impressos e eletrônicos”, emendando que “a chegada dos meios digitais (…) ofereceu ao segmento de mídia um verniz de suposta modernidade”. Ele prossegue: “De repente, todo mundo quer estar no lado digital, sob pena de ser considerado ultrapassado”. E conclui essa primeira parte da sua análise: “O que ninguém pode ignorar, contudo, é que na hora H, no momento em que se precisa de um veículo com credibilidade de verdade, que passe as mensagens, que funcione, são os jornais, revistas, rádio e TV que cumprem melhor esse papel”.

No artigo de Duailibi, há um “olho” que julgamos importante reproduzi-lo: “Jornais se mantêm na liderança como meio mais confiável e desconfiança é alta em relação a redes sociais”.

Há um dado que ainda não foi devidamente mensurado, mas merece consideração no contexto deste editorial: o stress que se manifesta nos usuários constantes do digital, opondo-se à condição de saudável entretenimento dos meios analógicos, que não apenas informam e formam, mas também distraem de forma mais apropriada à natureza humana que os seus primos digitais.

autor: Armando Ferrentini
fonte: Propmark

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