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Os 10 comerciais de cerveja mais machistas dos últimos tempos

Água, malte e lúpulo. A fórmula da bebida alcóolica mais consumida do mundo é democrática. Os três ingredientes não fazem ressalva de gênero ou classe social na hora de matar a sede, a vontade ou a curiosidade de provar uma cerveja. No entanto, grande parte dos anúncios ignoram que, exceto ser maior de 18 anos e ter boa saúde, não existem empecilhos ou pré-requisitos para degustar um bom copo de cerveja.

Uma mulher de biquíni segura uma garrafa de 300 ml em uma das mãos. Na outra, uma lata de 250 ml. Logo abaixo dos seios da modelo, a mesma inscrição diz “600ml”. O slogan provoca “Faça sua escolha”. Na mesma montagem, uma mulher aparece sem rosto, com uma garrafa e um copo cheio em frente ao corpo. Em outro cartaz, com a chamada “Essa é sensacional”, uma modelo de biquíni, touca e casaco oferece uma cerveja. Essas imagens são alguns anúncios da montagem de uma petição online que pede ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) para que a publicidade brasileira deixe de objetificar as mulheres e tratá-las como subalternas. A campanha “Pelo fim da exposição da mulher como objeto sexual na publicidade” reuniu 28 mil assinaturas até o momento.

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Em 2015, o Conar julgou 241 anúncios publicitários – 20 eram de cerveja e, desse total, 10 foram analisados por conteúdo machista, apelo sexual e desrespeito à mulher. Esse tipo de estratégia sexista focada no público masculino não condiz com a realidade dos bares no país – de acordo com a CervBrasil, cada brasileiro bebe 66,9 litros por ano e, segundo fontes do setor, o consumo de cerveja por homens e mulheres é praticamente igual.

Confira algumas das propagandas julgadas no último ano – difícil distinguir se estão anunciando mulheres ou cerveja.

Cervejaria Petrópolis – Itaipava 100%

Mais de 50 pessoas reclamaram da campanha. A relatora do Conar responsável pelo caso acredita que houve apelo à sensualidade, de forma desrespeitosa à figura da mulher no anúncio. “Como se depreende da imagem, há uma indicação para o consumidor fazer sua escolha entre as diferentes embalagens da cerveja, entre seus respectivos volumes e, sugestivamente, os seios da modelo”, afirmou. O anúncio foi suspenso.

Conti Bier – Sonho

O comercial sugere que o sonho de quem gosta de cerveja seja uma sala repleta de mulheres de branco com vestidos esvoaçantes e cerveja gelada. Parece que tem gente que gosta de cerveja e não sonha com isso, consumidores se queixaram ao Conar, consideram que o filme é “excessivamente provocante”. Mas o caso foi arquivado.

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Brasil Kirin – A homenagem da Schin aos bares mais interessantes desse Brasil

A reclamação partiu de consumidores de quatro estados diferentes. Eles afirmam que o anúncio é machista e desrespeita a figura feminina por fazer brincadeiras de duplo sentido como Bar da Xanna, por exemplo. O Conar arquivou o caso.

Cervejaria Petrópolis – Verão

“Desrespeito à figura feminina, machismo e apelo excessivo à sensualidade”. O Conar recebeu mais de 125 reclamações pelos cinco filmes da campanha “Verão”. No julgamento, discussões sobre as diferenças entre erotismo e sensualidade. Gaveta nele – foi arquivado.

Conti Bier – Lata Pin-Up

Quente, a mulher ilustrada na lata está vestida. Assim que a cerveja é gelada, a pin-up aparece de calcinha e sutiã. Apesar dos protestos dos consumidores, o Conar acredita que o comercial não desrespeita a imagem da mulher, nem tem apelo excessivo à sensualidade.

Ambev – Esqueci o Não em casa

A campanha causou revolta nas redes sociais. Na foto, a jornalista Mila Alves e a publicitária Pri Ferrari responderam à propaganda com “E trouxe o NUNCA” escrito com fita preta. Elas consideram que o anúncio pode ser um estímulo ao abuso, constrangimento e intervenção na autonomia da mulher. A Ambev e a agência responsável pela campanha afirmaram que o cartaz instiga o consumidor a “aceitar os convites que a vida faz”. De qualquer forma, foi retirada das ruas e substituída por outra com o slogan “Neste carnaval, respeite”.

Brasil Kirin – Blocos de Carnaval

Um grupo de consumidores não entrou na onda carnavalesca da Schin, eles afirmam que o anúncio “abusa de piadas de duplo sentido, com os nomes de blocos de Carnaval, incorrendo em machismo e falta de respeito”. Com a justificativa de que o filme é bem-humorado e o duplo sentido faz parte do bom humor do brasileiro, o caso foi arquivado.

Cervejaria Petrópolis – Saindo do Mar

O comercial mostra um homem tendo uma ereção ao ver uma mulher enquanto sai do mar. O filme não agradou nem aos consumidores, nem à relatora do caso. A sentença: suspender o vídeo em mídias abertas.

Brasil Kirin – As cidades que as outras cervejas esquecem

Com mais de 5 mil municípios no país, é claro que alguns são batizados de maneira um tanto ambígua. A cerveja Schin quis apostar nessas cidades com nomes bem-humorados. A brincadeira não foi recebida com tanto entusiasmo: consumidores de quatro estados criticaram o comercial – em especial à menção à cidade de Anta Gorda e à moça com a camiseta com a inscrição “Eu (coração) Pau Grande”. Mas o Conar afirma que não houve dano ao Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.

Cervejaria Petrópolis – O Verão chegou

Enquanto dois homens conversam sobre o verão, uma mulher chamada Vera entra em uma barraca de praia. “Bom dia, Dona Vera”, diz um deles. A modelo responde. Imediatamente, o outro corrige: “Dona Vera é o que você tem em casa, isso é um verão”. O Conar recebeu várias manifestações contra a propaganda afirmando que se trata de um comercial “desrespeitoso à figura feminina”, apelativo e que o horário de exibição era inadequado. O caso foi arquivado, mas continua difícil perceber se a intenção foi anunciar a cerveja ou verão.

autora: Pâmela Carbonari
fonte: Super Interessante

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2 respostas

  1. CONTINUA APÓS PUBLICIDADE
  2. As propagandas não são machistas,as pessoas é ficaram frescas.Como era bom esse tempo!!!!!

    1. Neste caso, discordo. A não ser que não captou nas propagandas referidas a objetificação dada a mulher, ou nem sabe o que de fato é isso. Aí realmente seria normal você achar que não são machistas.

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