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O que NÃO é design thinking?

Desing thinking é um termo que se popularizou de forma muito rápida. Utilizado pela primeira vez por Richard Buchanan no meio acadêmico e disseminado através da IDEO, este termo é encontrado em diversos artigos, posts e comentários pela internet e mundo a fora. Pela sua disseminação rápida, são muitas as pessoas céticas ao assunto (como podemos ver neste video) ou as concepções errôneas sobre o assunto. E justamente nesse sentido, a questão que fazemos é: o que NÃO é design thinking?

NÃO é encher a parede de post-its coloridos

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De acordo com Tim Brown e Tennyson Pinheiro, design thinking pode ser definido como uma abordagem, um modelo mental para a solução de problemas, uma forma de descrever um conjunto de princípios que podem ser aplicados por diversas pessoas a uma ampla variedade de problemas.

Na utilização desta abordagem, uma das etapas é a geração de ideias para levantar possíveis soluções para os problemas. Para isso, muitas vezes, os post-its são utilizados para facilitar e estimular a criatividade na hora da criação. Sendo, dessa forma, uma ferramenta para o design thinking.

Porém, sem a utilização do modelo mental, sem o processo com objetivo de compreensão de problemas e de gerar soluções, muitos post-its na parede são só post-its na parede.

NÃO é selecionar uma solução ‘inovadora’

Segundo Tim Brown, em tempos de mudanças precisamos de novas alternativas, novas ideias e escolhas pois as soluções existentes já se tornaram obsoletas.

O design thinking se diferencia de outras abordagens por não se prender a utilizar as informações e soluções disponíveis e selecionar a partir de análises a melhor entre elas. A abordagem sugerida é que se inicie com o pensamento divergente para multiplicar as opções de escolha e, após, utilizar a convergência para aproximar das soluções.

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NÃO é coisa só de designer

O design thinking pode ser ligado diretamente ao design (está até no seu nome) por condizer com processos, métodos e formas de pensar que o designers utilizaram durante décadas. Porém, o design thinking é um processo multidisciplinar e co-criativo. Qualquer pessoa é apta a se tornar um design thinker e utilizar sua abordagem para auxiliar na solução de problemas de diversas áreas.

NÃO é só pensamento visual

Design thinking pode ser descrito como a forma de pensar dos designers. Essa forma de pensar é o raciocínio abdutivo.

É preciso um “salto lógico da mente” para que novas conexões sejam formadas e ideias inovadoras surjam. O design thinking se baseia nesta nova percepção de lógica/raciocínio, o da abdução.

Nesse tipo de pensamento, busca-se formular questionamentos através da apreensão ou compreensão dos fenômenos, ou seja, são formuladas perguntas a serem respondidas a partir das informações coletadas durante a observação do universo que permeia o problema. Assim, ao pensar de maneira abdutiva, a solução não é derivada do problema: ela se encaixa nele. (VIANNA et al., 2012, p. 13-14)”

NÃO é confiável

Segundo Roger Martin, o objetivo da confiabilidade é produzir resultados consistentes e previsíveis, eliminando a subjetividade, o julgamento e qualquer tendenciosidade humana, normalmente através de dados quantitativos, análises do passado e lógicas dedutivas ou indutivas.

O design thinking busca a validez. A validez visa atingir um objetivo desejado, não necessariamente passível de prévia comprovação. Isto posto, a validez necessita de aspectos de subjetividade e capacidade de julgamento e se utilizada da lógica abdutiva para sua instigação.

É em busca da validez que o design thinking se desprende do passado e se permite inovar em suas soluções.

NÃO é tão recente assim

No início de sua história, o design tinha um papel completo e estratégico atuando desde o início do processo de produção, definindo os requisitos e diretrizes até a execucão final. Na recente era do conhecimento, o design, em muitos aspectos, deixou de ter um papel estratégico e assumiu funções, principalmente, no nível tático.

A primeira etapa do processo de design (definição da problemática, compreensão do usuário e necessidades) dentro das empresas virou atividade de uma área estratégica da empresa e deixou de ser realizada por designers. Dessa forma, essas atividades holísticas deixaram de serem entendidas como parte do processo do design.

Nesse contexto que, na nossa atual era da experiência e da economia colaborativa, o termo design thinking surge, não como uma ruptura teórica, mas sim, como um resgate a essência do processo de design.

(…) em vez de recrutar designers para tornar uma ideia já desenvolvida mais atraente, as empresas mais progressistas os estão desafiando a criar ideias no início do processo de desenvolvimento. O primeiro papel é tático; ele se baseia no que já existe e, em geral, o leva a um passo adiante. O último é estratégico; tira o ‘design’ do estúdio e libera seu potencial disruptivo, sua possibilidade de mudar o jogo. (BROWN, 2010, p.6)

Para finalizar, aqui vai um video inspirador de Tim Brown falando um pouco sobre essa abordagem, o design thinking:

autora: Carolina Sonda
fonte: Blog Orquestro

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