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Não vai ter arroba pra todo mundo (ao menos nas gráficas)

Antes da impressão por tipos móveis os livros eram basicamente manuscritos. A grande revolução foi transformar algo simples — um carimbo — em uma forma flexível de impressão. Gutemberg (eu sei, China, blá blá blá) abriu as portas da popularização da leitura e criou o maior trabalho de corno da História da Humanidade.

Imagine que você quer compor uma página de um livro. Você vai numa caixa, e com uma pinça pega a primeira letra. Pega outra, outra e outra. Termina a palavra. Aí pega uma barrinha de metal, que faz o espaço. A linha ficou curta. Tudo bem, você pega barrinhas mais finas e coloca entre as palavras. Humm… que tal aumentar o kerning? Sem problema, o corno pega barrinhas mais finas ainda e coloca entre cada letra.

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Repita isso um bilhão de vezes e você tem uma página. Falta 500. Maldito Tom Clancy. Ah, eu falei que você tem que compor de trás pra frente?

Quando o jornalismo impresso se tornou diário ficou inviável esse trabalho ser manual, aí entraram os linotipos, máquinas maravilhosas onde um sujeito digita em um teclado e as letras vão caindo em sequência. Há até a linotipagem a quente, onde chumbo derretido forma os tipos na hora, garantindo que as letras terão a mesma consistência, sem variações de desgaste.

Hoje isso não existe mais, é uma técnica obsoleta, sem lugar no mundo moderno, mas chega de falar de jornal impresso.

A impressão tipográfica se tornou algo raro, caro e chique. O que era necessidade se tornou bonito e elegante. Um cartão de visitas com texto em baixo-relevo chama atenção, não é algo criado nas coxas que algum idiota imprime num jato de tinta em 5 minutos.

Aí foi criado um problema.

As pequenas gráficas que ainda fazem serviços tipográficos usam materiais com dezenas, em alguns casos centenas de anos. Uma caixa de tipos pode custar caro, muito caro. Para piorar alguns símbolos como @ e # eram feitos em menor quantidade. Adivinhe o que todo mundo quer colocar em convites, diplomas e cartões? Exato: e-mails e hashtags.

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Todas as letras se desgastam mas se você tem uma caixa de 400 As, eles tendem a durar mais do que 3 ou 4 @s. Achar substitutos não está sendo fácil, ninguém vende no avulso. As gráficas estão apelando pra caçadores de relíquias e até surgiu um mercado de fundição de novos tipos.

Em alguns casos há gente usando máquinas CNC para esculpir tipologias inteiras em metal, o que é deliciosamente romântico e irônico, usar a tecnologia computadorizada mais avançada para produzir tipos móveis que remontam à invenção da indústria gráfica.

fonte: FCD / Meiobit
dica: Rico Novais

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