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Projetos imobiliários ganham nomes inspirados na internet

Park, village, tower, garden… Esses termos em inglês se tornaram muito comuns entre os nomes de lançamentos imobiliários. Porém, para fugir de tantos nomes parecidos, empreendimentos recentes apelam o universo da internet. “Selfie” dá nome a projetos em São Paulo e em Curitiba. A capital paulista tem ainda o “Follow”. O alvo, é claro, é o público jovem.

A Atua Construtora, que está à frente do “Selfie São Paulo”, na Vila Prudente, Zona Leste, mira em pessoas em busca de seu primeiro apartamento. O nome, segundo a construtora, remete à ideia de “compartilhar bons momentos”. A campanha publicitária foca nas redes sociais em ações de marketing. Nas primeira semanas após o lançamento, eram oferecidas capas de celular personalizadas para os clientes que enviaram suas selfies.

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Para lançar o “Follow”, no Brooklin, na Zona Sul de São Paulo, a Gafisa diz que recorreu ao Facebook, apesar de o termo, que significa “seguir”, também ser uma ferramenta popularizada pelo Twitter.

“As redes sociais estão se tornando grandes ferramentas de negócios. Por isso, em vez de tentar adivinhar, a Gafisa perguntou para as pessoas o que elas queriam. Mais de três mil ideias foram sugeridas e, depois de testadas, a companhia selecionou as mais interessantes e viáveis”, afirma Octavio Flores, diretor de negócios da construtora. “Uma das usuárias sugeriu uma piscina com borda infinita na cobertura. Achamos a ideia muito bacana e decidimos criar o Sky Pool, um dos grandes destaques do edifício”, exemplifica.

Em Curitiba, no bairro do Cabral, a Tecnisa tem o projeto do “Selfie Cabral”. O site da campanha de divulgação diz que o ele é um “retrato da vida que você merece no bairro que você ama e conhece, com as pessoas que você reconhece”. O empreendimento ainda não tem previsão de lançamento. Procurada pelo G1, a Tecnisa não quis se pronunciar sobre a escolha do nome.

Nomes definem o público, dizem especialistas

Cyro Naufel, diretor de lançamentos do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), diz que ninguém compra ou deixa de comprar um apartamento por causa do nome de um empreendimento, mas ele ajuda a construtora a definir o público alvo. “Isso vale tanto para um ‘Selfie’ quanto para um ‘Residencial das Flores’”, afirma.

Naufel diz que, além de definir o público, o nome também tem a função de evidenciar as características do produto. “Quem vai entender o que é ‘selfie’ é um cara entre 25 e 40 anos, e é com esse cara que se quer conversar. O que se quer falar para ele é de um produto moderno, onde vai ter uma área de ambientação provavelmente com wi-fi, em uma localização cosmopolita. Isso tudo é voltado para um público single (que pretende morar sozinho) ou um casal jovem”, diz Naufel.
Celio Placer, professor de marketing e planejamento estratégico da FIA (Fundação Instituto de Administração), complementa que “o nome só tem validade quando vem acompanhado das características do produto” que ele sugere.
O “Follow”, da Gafisa, por exemplo, conta com área comum com wi-fi, além de TV interativa e som ambiente com playlist exclusivo do edifício. A Atua informou que o “Selfie São Paulo” não conta com recursos parecidos. Já a Tecnisa não divulgou informações sobre tecnologia em áreas comuns do “Selfie Cabral”.

Tamanho dos apartamentos

Naufel diz que o tamanho dos apartamentos com nomes inspirados na internet também apontam para um direcionamento específico para o público jovem. “Você não vai fazer um apartamento de 300 metros quadrados e 4 suítes para chamar de ‘selfie’, porque nesse caso estaria mirando uma família mais adulta, não é o primeiro apartamento da pessoa, provavelmente tem filhos mais velhos”, diz.

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O “Selfie São Paulo” tem opções que variam de 40 a 74 metros quadrados. O “Follow”, de 47 a 74. Já o “Selfie Cabral” projeta unidades maiores, de 117 a 139 metros quadrados.

Celio Placer, professor de marketing e planejamento estratégico da FIA (Fundação Instituto de Administração), explica um apartamento lançado com apelo ao público jovem geralmente “não tem grandes dimensões, porque as gerações mais jovens ainda são minimalistas”. Porém, o especialista acrescenta que pode haver opções de apartamentos que sejam maiores e, mesmo assim, voltados a consumidores de menos idade. “Você tem o segmento do público mais jovem, mas pode subdividi-lo entre aqueles que têm bastante dinheiro, algum dinheiro e pouco dinheiro”, explica.

“Dentro do segmento ‘jovem’, você tem o jovem que tem muito dinheiro e tem uma namorada, ou que já tem filho, ou que vai levar a mãe para morar junto, ele pode comprar para investir. Ou ainda o minimalista que prefere opções menores, o que não quer dizer necessariamente que ele não tenha dinheiro”, diz o especialista.

fonte: G1 – Economia

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