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“Não existe Internet das Coisas”, contesta analista da Forrester

Há mais de uma década, em maio de 2001, a Forrester Reserch publicou um material antecipando o surgimento da X Internet, ou Internet Estendida, definida pela consultoria como um mundo no qual “dispositivos e aplicações de internet medem, analisam e controlam o mundo real”. Àquela época, já se falava nesses aparelhos indo além das capacidades de PCs.

Depois de tanto tempo, esse mundo ainda não aconteceu. Enquanto empresas nos setores de saúde, manufatura e utilities estão bem longe desse caminho da X Internet, ou a chamada “internet das coisas”, como é normalmente falado nos dias de hoje. Para a especialista da Forrester Sarah Rotman, tanto consumidores quanto empresas estão apenas no começo da adoção de dispositivos conectados e com sensores.

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Mesmo o mercado de dispositivos inteligentes está engatinhando. Os chamados smart devices até pouco atrás não eram tão “inteligente”, digamos assim, na visão de Sarah. Eles podem evoluir muito mais, pois hoje são fragmentados e não são tão uteis quanto podem um dia chegar a ser.

O que falta, então? No geral, esses devices não se comunicam uns com os outros, não se integram com sistemas de engajamento que entregam valor para consumidores e empresas. Um exemplo do mercado esportivo: o Nike Hyperdunk Plus, tênis para basquete, pode dizer a velocidade da corrida do atleta e as alturas dos saltos. A Under Armour Armour39, camiseta da marca norte-americana, é capaz de medir batimentos cardíacos e capacidade pulmonar. E a cesta de basquete da 94Fifty calcula a força da bola e o ângulo do arremesso. “Mas você pode usar todas essas coisas ao mesmo tempo, que elas sequer saberão que você está jogando um mesmo jogo: são três produtos de três fabricantes diferentes, e os dados coletados são armazenados em apps distintos”, explica a especialista no blog da Forrester.

Os sensores necessários para um cenário mais complexo e integrado existem, mas os sistemas de gestão de fluxo de dados ainda precisam de mais trabalho. A analogia ao basquete pode ser transportada para um universo de estádios, no qual os dados coletados poderiam ser integrados com plataformas de CRM e sistemas de bilhetagem. “Um estádio inteligente teria essas informações e muito mais, graças a sensores ubíquos e integrados em ‘sistemas de engajamento’ para permitir serviços mais inteligentes”, sugere Sarah.

Ela admite que marcas líderes de mercado não estão esperando a perfeição da internet das coisas antes de agir. Elas já usam devices conectados e com sensores para aumentar receita, engajamento a produtos e a satisfação do usuário. Mas o valor dessa estratégia não vem dos aparelhos com sensores em si, mas sim do jeito como as marcas poderão integrá-los com sistemas mais abrangentes.

Um exemplo da situação mais próxima do ideal, para ela, é o Magic Bands do Walt Disney World Parks and Resorts. Trata-se de uma pulseira equipada com sensores RFID que a Disney desenvolveu para seu público, começando com o parque na Flórida. A mesma pulseira de entrada nas atrações pode ser usada como chave dos quartos nos hotéis, FastPasses para pular longas filas nos parques e pagamentos de concessões e presentes nas lojas. Além de tudo, elas armazenam informações pessoais de modo que, se o cliente permitir, um personagem no parque pode interagir de modo mais pessoal – desejar feliz aniversário a seu filho, por exemplo, no meio do passeio da família.

“O que há de impressionante é o sistema por trás disso, o MyMagic Plus. Ele combina múltiplos sistemas de gravação – planejamento de viagem, tickets, CRM, gestão de ativos e pagamentos – em um sistema de engajamento único que aumenta a experiência do usuário enquanto melhora a eficiência e aumenta a receita da Disney”, analisa Sarah. As pulseiras podem ser programadas antes das viagens, e então por isso a Disney consegue também se planejar com seus funcionários.

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A especialista conclui com a sugestão de que essa integração não necessariamente deve ocorrer em um sistema fechado como o da Disney. Produtos podem usar APIs e padrões comuns de modo que fiquem ainda mais “inteligentes”. Poucas iniciativas são notadas – a internet das coisas, para Sarah, não existe. Ainda.

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