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Do que gostam os adolescentes da era digital?

Quase não se fala em outra coisa desde que a Morgan Stanley divulgou os resultados de um estudo encomendado a um estagiário de 15 anos na Inglaterra. Matthew Robson pesquisou com seus amigos e colegas para descobrir os hábitos dos adolescentes.

Os resultados da pesquisa são bem interessantes e devem ter grudado uma pulguinha atrás da orelha dos executivos mais interessados nos consumidores futuros. Pelo que se vê, os resultados não ficam longe do padrão adolescente brasileiro – e, de fato, do padrão mundial, com pequenas variações.

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Matthew Robson afirma que a galera que tem sua idade nunca consumiu tanta informação dos meios digitais como agora – algo que poderíamos esperar, realmente. O detalhe é que eles consomem de forma bem diferente dos adultos. Pode esquecer jornais, outros meios impressos e rádio (a única exceção são os jornais gratuitos distribuídos no metrô e em locais movimentados). Os nativos digitais usam a internet para tudo.

É pela internet que eles ouvem música – algo que fazem com tanta frequência que nem sabem quantificar. Escutam tanto no computador quanto em tocadores e no celular. A variação aí depende da renda da família: os mais ricos têm iPods e os menos ricos usam o celular como tocador.

Eles trocam muita música – coisa que os jovens adultos também fazem – e se recusam a pagar por ela. Os que usam iPods ainda compram alguma coisa pelo iTunes, mas, em geral, baixam tudo em torrent mesmo. É a via mais fácil, rápida e de qualidade. Pelo Bluetooth dos celulares, os adolescentes também redistribuem as canções aos amigos. Com isso, ouvem apenas as músicas preferidas – e não as que as rádios querem que eles ouçam.

Outro ponto curioso sobre as músicas é que os adolescentes pagam – e sem reclamar tanto – por shows. Muitos podem não ter comprado um único CD na vida (coisa que eu também não faço há anos), mas topam gastar as economias para ver seus ídolos ao vivo. Faz todo sentido.

Algo que me surpreendeu nos resultados da pesquisa é que os adolescentes não baixam tantos filmes. Às vezes eles preferem comprar DVDs piratas em camelôs. A justificativa é a (geralmente ruim) qualidade dos filmes baixados pela web.

Se não baixam filmes, os adolescentes vão muito ao cinema, sobretudo enquanto pagam menos. No nosso caso brasileiro, a meia-entrada permanece enquanto a pessoa estiver estudando.

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Os jovens adoram as redes sociais e passam muito tempo navegando por elas. Gostam, principalmente, de trocar mensagens e precisam ver e ser vistos. Por isso mesmo, o interesse deles pelo Twitter é menor que o dos adultos (o que já tínhamos visto em outras pesquisas de perfil dos usuários do site).

Os adolescentes também assistem bastante à TV, especialmente quando encontram um programa mais interessante (como os seriados). Os meninos ainda assistem a mais TV que as meninas porque costumam acompanhar mais esportes. Boa parte assiste a canais pagos, mas o dinheiro sai do bolso dos pais.

Alguns aproveitam recursos de TV na internet (como é o caso do BBC iPlayer) para ver programas em horários alternativos. Eles também não gostam das propagandas tradicionais e não sentem que são o alvo delas. Por isso, mudam de canal ou fazem outras atividades durante os intervalos.

Os celulares são tudo para essa galera: 99% deles têm telefones. Preferem os de valor intermediário e geralmente ficam dois anos com o aparelho. Só trocam quando ganham um novo dos pais, geralmente no aniversário. Gostam dos que tocam música, têm tela sensível ao toque e podem se conectar à internet – mas não querem pagar um absurdo por ela, por isso preferem quando o celular tem wi-fi.

Nos games, os adolescentes preferem o Wii, seguido pelo Xbox e pelo PS3. Os consoles são usados também para conversar pela internet, uma função que poupa os créditos do celular e da conta de telefone fixo das casas.

O que devemos esperar dessa geração que hoje tem 15 anos? Estamos diante de uma mudança radical de consumo? Com pessoas que não leem jornais e revistas que não sejam gratuitas, as mudanças na mídia escrita prometem ser consideráveis. E o rádio, tende a falência? Os modelos de entretenimento já estão mudando e não adiantará fincar o pé na velha venda de CDs e DVDs. Pelo jeito, novos tempos vêm por aí.

autora: Renata Leal
fonte: www.info.abril.com.br

A íntegra do resultado da pesquisa (em inglês) está no slideshare: How Teenagers Consume Media

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