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No design todos queremos ser técnicos

O design influi nas emoções, procedimentos e atitudes de quem vê e usa. E esta constatação ultrapassa qualquer conhecimento especulativo racional já formulado. A prática é muito mais avançada que a teoria.

Os designers que atuam na publicidade e propaganda são um exemplo bem claro disso. Quantos deles enquanto estão criando pensam em conceitos como metonímia, sinédoque, analogia, paralelismo, fusão, transferência, inversão metafórica? Mas mesmo não seguindo estes conceitos, criam trabalhos poderosos, impactantes e cheios de significados. Trabalhos que podem ser analisados e classificados com detalhes através destes conceitos.

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Essa é uma grande diferença que temos em relação a outras profissões como engenheiros eletrônicos, médicos e outros. Nossa área de conhecimento humano é maleável, ampla e ilimitada. Usamos muito a intuição, o bom gosto, o bom senso, a “sacação”. Não quero dizer com isso que estas faculdades não necessitem de aprendizagem e principalmente muita experiência. Esta liberdade também possibilita enfoques menos ortodoxos de nossa atividade. Podemos nos superar a cada trabalho, reinventar técnicas, criar linguagens, abusar de materiais.

E como tudo tem dois lados, esta amplitude profissional que temos também gera muitos problemas, o maior talvez seja possibilidade de todos se acharem designers, só porque conhecem um programa de computação gráfica, ou sabem desenhar, ou gostam do assunto. Diria que o design é como futebol. Todos gostam de opinar, todos se acham técnicos, aptos a comandar um time, substituir jogadores, criar táticas.
Há pouco tempo atrás fui contratado para desenvolver uma logotipo para um restaurante. Depois de vários estudos cheguei a 2 logos que representavam o perfil do cliente. Apresentei e a resposta foi imediata:

“ Estão ótimos, mas gostaríamos de ver outras opções.”

Não adiantou eu argumentar que aqueles logos eram frutos de vários estudos. Que eu realmente já tinha feitos dezenas de outros e que na minha avaliação como designer aqueles eram os melhores. Nada convenceu os clientes que se achavam também aptos a escolher e até formular algo “diferente”.

“ Gostaríamos de ver muitos outros e de repente fundir um com o outro ou pegar um pedaço de um e colocar no outro.” Concluiu o cliente

Contei até dez, suprimi a minha fúria e a vontade de mandar eles para longe e aceitei o que eles haviam me pedido. Estava precisando do dinheiro e no final achei interessante fazer uma experiência com eles. Ou melhor uma aposta.

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Reuni todas os logotipos que havia feito e ainda fiz mais algumas, totalizando umas 40 e deixei com o cliente, que se sentiu nas nuvens com todas aquelas folhas cheias de logos de seu restaurante. Agora sim, ele poderia decidir, opinar, mexer, interferir em sua logo. Agora sim ele era o técnico do time.

Uma semana depois veio a resposta: tinham escolhido aquelas duas que eu havia apresentado primeiro.
Não falei nada, apenas pensei: ganhei a aposta..

autor: Geraldo Abud Rossi
fonte: Acontecendo Aqui

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