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A avaliação do impacto dos programas de design

A fase design-promessa já se esgotou. Afirmar que o design é uma ferramenta de competitividade não é mais suficiente. É necessário comprovar com argumentos claros e exatos o quanto o design pode contribuir para uma economia.Invocamos, então, os métodos de avaliação. Um contador chamaria a atividade de auditoria, o que deve soar ainda mais antipático para profissionais acostumados com brainstormings e mock-ups. Mas vale lembrar que este processo não tem apenas função regulatória. A informação gerada nesta análise deve ser útil para comprovar o retorno do investimento em design, auxiliar a gestão de programas seguintes e, principalmente, encorajar futuros investimentos.

Os métodos para avaliação do impacto do design (ou “adicional” do design) ainda são raros e pouco unânimes. Para desespero dos economistas, a grande maioria dos programas de design ainda é avaliada com base em ‘estudos de caso’. Logicamente… nos melhores ‘estudos de caso’ entre o rol de empresas participantes. Mas algumas organizações têm investido em pesquisa posterior aos programas, desenvolvendo questionários e entrevistas com empresas e designers. O Centro de Design da Dinamarca ouviu 1200 empresas após 4 anos de desenvolvimento do programa Icebreaker. Uma amostra cientificamente respeitável. Outras organizações com iniciativas similares são o Norsk Design (Noruega) e o Design Flandres (Bélgica).

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De modo geral, as organizações de design compartilham as razões para se esquivar de um processo de avaliação mais acurado. A estrutura é um motivo claro. Programas de suporte em design tendem a ser gerenciados por equipes pequenas e exclusivamente dedicadas ao desenvolvimento do programa de design. Em geral não há tempo nem habilidades disponíveis para conduzir uma avaliação de impacto econômico. Ainda por causa da estrutura compacta destas equipes, os responsáveis pelo programa geralmente possuem um controle informal do impacto deste programa com as empresas locais. Este controle é baseado na sua percepção própria, e isto não compensa a falta de dados precisos.

Outra complicação reside na particularidade de cada programa. A necessidade de comparar resultados é inegável. Se não há comparação, não há base para avaliação. Mas as iniciativas de design, pelo contexto criativo de sua gestão, tendem a tornar-se únicas. Variações predominam tanto na condução dos programas como nos seus produtos finais, o que impossibilita uma comparação coerente.

Falando em incoerência… o design cada vez mais recebe ênfase quanto à sua capacidade de agregar valor nos mercados. Mas isto ainda não tem sido suficiente para incluir esta disciplina na corrida para verbas governamentais ou investimentos de grandes organizações econômicas. Por exemplo, para investimentos em pesquisa e desenvolvimento na Comunidade Européia foi determinada a meta a ser elevada até 3% do GDP até 2010. Não existe, no entanto, nenhuma meta similar que abra investimentos ao design.

Obviamente, existem programas pela qualidade do ar, pela defesa das minorias, pela informatização das escolas… todos com suas prioridades emergenciais. Exatamente por isso é necessário avaliar o impacto do design com objetividade e estratégia. É necessário encontrar um nicho, uma razão e construir uma argumentação baseada em fatos. Voltando ao comentário inicial, o design definitivamente está passando da fase de defesa passional e abrindo o espaço para números e argumentos claros. Isso ainda que o “adicional” conquistado com o investimento em design pareça (apenas pareça!) intangível.

autora: Gisele Raulik
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